De acordo com as respostas ao Inquérito ao consumo das comunicações electrónicas1 promovido pelo ICP-ANACOM e realizado em Dezembro de 2008, cerca de 16,2 por cento dos indivíduos com 15 ou mais anos subscreviam quatro serviços de comunicações electrónicas2 (serviços telefónicos fixo e móvel, serviço de acesso à Internet e serviço de TV por subscrição).
Gráfico 1 - Número de serviços de comunicações electrónicas que os indivíduos dispõem
(Clique na imagem para ver o gráfico numa nova janela)
A conjugação mais frequente de quatro serviços inclui a banda larga fixa (M + F + BLF + TV), e representa 13,1 por cento dos indivíduos em análise.
|
% |
M |
20,3 |
M + F + BLF + TV |
13,1 |
F |
12,6 |
M + F |
9,9 |
M + F + TV |
8,0 |
M + TV |
7,0 |
M + BLF + TV |
4,0 |
F + TV |
3,1 |
M + BLM |
2,8 |
M + F + BLF |
2,6 |
Outras conjugações |
10,2 |
Nenhum |
6,3 |
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo de Comunicações Electrónicas, Dezembro 2008
Unidade: %.
Base: Indivíduos com 15 ou mais anos (n=3600).
Notas:
- M – Serviço telefónico móvel; F – Serviço telefónico fixo; BLF – banda larga fixa; BLM – banda larga móvel; BEF – banda estreita fixa; BEM – banda estreita móvel;
- A opção “outras conjugações” refere-se a conjugações do serviço de acesso à Internet (BLM, BEM, BLF, BEF) com os restantes serviços de comunicações electrónicas;
- Na medida em que o acesso ao serviço telefónico móvel (M) é efectuado ao nível individual, considera-se o indivíduo enquanto unidade de análise. Neste sentido, o acesso aos restantes serviços (F, I, TV) deve ser interpretado como a possibilidade do indivíduo aceder aos respectivos serviços quando disponíveis no seu agregado familiar
No entanto, a opção mais frequente é a utilização de um único serviço de comunicações electrónicas (20,3 por cento refere que utiliza apenas o serviço telefónico móvel e 12,6 por cento respondeu que recorre somente ao serviço telefónico fixo).
A grande maioria (94 por cento) dos indivíduos que referem dispor de Internet no lar tem acesso ao serviço telefónico móvel.
A percentagem de indivíduos com 15 ou mais anos que indica não subscrever nenhum serviço de comunicações electrónicas era, em, Dezembro de 2008, 6,3 por cento.
Ofertas multiple play
De acordo com a informação recolhida, a penetração das ofertas multiple play atingiu, em Dezembro de 2008, 23,5 por cento dos agregados familiares por comparação com 17,4 por cento no ano anterior.
Este acréscimo na penetração destas ofertas ocorreu em simultâneo com a alteração do peso relativo das várias modalidades em relação ao ano anterior: A oferta triple play tornou-se maioritária (34,9 por cento).
|
Dez/07 |
Dez/08 |
Taxa de utilização |
17,4 |
23,5 |
Base – Agregados familiares (n=3600)
Distribuição pelo tipo de serviços incluídos no pacote |
||
Triple play (I+F+TV) |
19,2 |
34,9 |
Double play (I+F) |
25,6 |
15,6 |
Double play (I+TV) |
48,3 |
26,7 |
Double play (F+TV) |
6,4 |
21,7 |
Não sabe / Não responde |
0,3 |
1,2 |
Total |
100 |
100 |
Base – Agregados familiares com serviços em pacote (Dez. 2008: n=844)
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo de Comunicações Electrónicas, Dez. 2007 e 2008
Unidade: %.
Acesso à Internet
De acordo com os inquiridos, quase 46 por cento dos agregados familiares acedem à Internet, na sua grande maioria em banda larga.
Os utilizadores de banda larga são maioritariamente clientes recentes (62,0 por cento dispõem este serviço há menos de 3 anos).
A taxa de não adesão ao serviço de acesso à Internet é de 54,2 por cento.
As principais barreiras de adesão a este serviço são: “Não precisam / não têm interesse nisso”, ainda que com menor expressão que no ano anterior, e “Ninguém sabe utilizar Internet no agregado”.
2007 |
2008 |
|
Não precisam / Não têm interesse nisso |
46,7 |
33,5 |
Ninguém sabe utilizar Internet no agregado |
5,4 |
21,3 |
Não têm computador ou sem capacidade |
13,0 |
16,9 |
O preço de acesso é elevado |
11,9 |
10,0 |
O custo do computador é elevado |
4,0 |
9,6 |
Têm acesso em outro local |
9,4 |
5,0 |
Não têm tempo |
5,4 |
1,0 |
Outros motivos |
3,7 |
1,0 |
Ns / Nr |
0,6 |
1,7 |
Total |
100 |
100 |
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo de Comunicações Electrónicas, Dez. 2007 e 2008
Unidade: %.
Base – Agregados familiares sem o serviço de acesso à Internet (Dez. 2008: n=1950)
Nota: Em Dezembro de 2007 esta questão era de escolha múltipla, pelo que, para se poder efectuar comparações entre os dois períodos, procedeu-se à transformação dos dados para totalizar 100 por cento.
A penetração de banda larga fixa (BLF) nos agregados familiares portugueses é de 29,7 por cento e de banda larga móvel (BLM) de 12,0 por cento.
Á semelhança do que já ocorria em anos anteriores, a percentagem de agregados familiares que utilizam os dois tipos de acesso em banda larga (BLF+BLM) continua a ser diminuta.
Por outro lado, observa-se que quase 3 em cada 4 indivíduos com Internet no lar utilizam-na pelo menos uma vez por dia.
Gráfico 2 - Penetração do serviço de acesso à Internet por tipo de acesso
(Clique na imagem para ver o gráfico numa nova janela)
Adesão a ofertas criadas por imposição regulamentar
A possibilidade de seleccionar o operador em cada chamada efectuada (selecção chamada-a-chamada) é utilizada por 5,1 por cento dos inquiridos que são clientes do serviço telefónico fixo e a pré-selecção de operador é utilizada por 3,8 por cento. A ORLA (oferta de realuguer da linha de assinante) apresenta uma adesão superior (9,3 por cento).
|
Selecção |
Pré-selecção de operador |
ORLA |
Taxa de utilização |
5,1 |
3,8 |
9,3 |
Base – Agregados familiares com o serviço telefónico fixo |
(n=1881) |
(n=1864) |
(n=1845) |
Motivos de não utilização dos serviços |
|||
Por desconhecimento do serviço |
35,2 |
38,1 |
31,7 |
Por preferir manter todos os serviços no operador actual |
31,0 |
31,5 |
36,4 |
Por falta de informação sobre como proceder |
9,2 |
9,0 |
8,5 |
Pela complexidade dos procedimentos |
8,5 |
7,1 |
6,8 |
Pelos custos elevados |
3,6 |
3,0 |
4,0 |
Por outro motivo |
5,0 |
5,1 |
6,4 |
Ns\Nr |
7,5 |
6,1 |
6,1 |
Total |
100 |
100 |
100 |
Base – Agregados familiares com o serviço telefónico fixo |
(n=1786) |
(n=1793) |
(n=1673) |
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo de Comunicações Electrónicas, Dezembro de 2008
Unidade: %.
De acordo com a informação recolhida, o nível de adesão a estes serviços é determinado pelo desconhecimento do respectivo serviço e pelo facto de o cliente “preferir manter todos os serviços no actual operador”.
1 Ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, em 2008 o grupo de indivíduos / agregados familiares que não têm acesso a nenhum serviço de comunicações electrónicas passou a ser inquirido (por se tratar de uma inquirição presencial), pelo que não se apresentam evoluções sobre o acesso aos serviços.
2 Não necessariamente adquiridos em pacote.