Infraestruturas de telecomunicações em edifícios (ITED)


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  1. 1
    As antenas de televisão digital terrestre (TDT) fazem parte dos sistemas de cablagem para distribuição de sinais de televisão?

    Sim. As antenas e os respetivos sistemas de receção, conversão, multiplexagem, amplificação e outros são parte integrante dos referidos sistemas de cablagem, fazendo parte das ITED.

  2. 2
    Qual o tipo de cablagem que deve ser instalado entre a câmara de visita multioperador e o armário de telecomunicações individual de uma moradia unifamiliar?

    Não existe a obrigatoriedade de instalação de nenhum tipo de cablagem, embora o projetista, face a um levantamento das redes públicas próximas do local onde vai ser construída a moradia, decida pela sua instalação, como forma de melhor servir o cliente.

  3. 3
    A instalação ITED está preparada para a televisão digital terrestre (TDT)?

    Sim. As especificações dos elementos constituintes da cablagem coaxial são absolutamente compatíveis com a TDT.

  4. 4
    Qual a distribuição que deverá ser adotada para a implementação das redes de fibra ótica das ITED num edifício com mais de 1 fogo?

    Deverá ser utilizada uma topologia em estrela, com recurso preferencial a cabos diretos desde o secundário do repartidor geral de fibra ótica até ao primário de cada  repartidor de cliente de fibra ótica. Admite-se que possam também ser utilizados cabos multifibras (riser) nesta ligação.

  5. 5
    Os edifícios residenciais são obrigados a instalar, tanto na sala como na cozinha, 1 tomada RJ45 e 1 tomada de televisão. No caso de existir uma divisão com as duas funções, como devo prever o número de tomadas a instalar?

    As cozinhas integradas nas salas são consideradas kitchenettes, constituindo uma única divisão com uma dupla função. Torna-se necessário instalar nesse espaço, no mínimo, 1 tomada de par de cobre e 1 tomada coaxial.

  6. 6
    Os repartidores de cliente de cabo coaxial (RC-CC) fazem parte das ligações permanentes?

    Depende. Se os RC-CC forem constituídos por repartidores independentes da cabeça de rede, fazem parte das ligações permanentes e deverão ser integrados nos cálculos dessa ligação. No caso de dispositivos de repartição integrados na cabeça de rede, essa mesma repartição não faz parte dos cálculos da ligação permanente.

  7. 7
    Todas as ligações permanentes entre o ATI e as TT têm de estar ligadas ao repartidor de cliente de cabo coaxial (RC-CC)? Como se deve proceder para a distribuição simultânea pelas várias TT?

    Todas as ligações permanentes têm de estar devidamente terminadas no armário de telecomunicações individual (ATI) e cumprir os limites de Tilt e atenuação previstos no ponto 4.1.4.2.5 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353. Desta forma admite-se que o RC-CC possa não alimentar em simultâneo todas as tomadas de telecomunicações (TT), existindo situações em que algumas TT não estejam ligadas ao mesmo. Caso exista a necessidade de alimentação de todas as TT em simultâneo, deverá recorrer-se ao uso de equipamentos ativos (exemplo: amplificadores), de modo a fazer as compensações necessárias, garantindo o cumprimento do previsto no ponto anterior. Em situações mais complexas, nomeadamente de edifícios com vários pisos e com várias TT por piso, admite-se que possa existir um desdobramento do ATI em vários pontos de distribuição, à semelhança das soluções que são utilizadas em edifícios não residenciais.

  8. 8
    O projeto prevê a instalação de um repartidor de cliente de cabo coaxial (RC-CC) que não alimenta em simultâneo todas as tomadas de telecomunicações (TT), posso instalar um RC-CC para a alimentação em simultâneo de todas as TT?

    Não. O RC-CC projetado resulta dos cálculos efetuados e é o mais adequado à instalação em causa, uma vez que garante o cumprimento dos limites de Tilt e atenuação previstos no ponto 4.1.4.2.5 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353. Assim sendo, caso o mesmo seja alterado, corresponde a uma violação ao projeto, podendo inclusive constituir uma violação do previsto no referido Manual. Caso pretenda alterar a instalação para alimentar em simultâneo todas as TT deverá contactar o projetista para a respetiva alteração ao projeto, nos termos do previsto no ponto 4.7 do mesmo Manual.

  9. 9
    Quais os cálculos a efetuar nas redes de cabos coaxiais?

    Os cálculos a efetuar são os previstos no ponto 4.1.4.2.5 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353, ou seja:

    • nas redes de S/MATV, o cálculo dos níveis máximos de sinal à saída da cabeça de rede para as frequências (47MHz-862MHz) e (950MHz-2150MHz), para o sistema em causa. Os limites da atenuação da ligação permanente e respetivo Tilt não são considerados. Nas redes de televisão por cabo (CATV), o cálculo da atenuação da ligação permanente e respetivo “Tilt” para as frequências (47MHz-862MHz);
    • nos sistemas coaxiais únicos, onde se incluem também as ligações permanentes entre o repartidor de cliente de cabo coaxial e as tomadas de telecomunicações, têm de ser efetuados todos os cálculos, de modo a garantir o funcionamento de todos os sistemas CATV, MATV e SMATV.
  10. 10
    Que parâmetros de ensaio devem ser considerados para as redes de cabo coaxial de S/MATV em sistema coaxial independente (SCI)?

    As redes de S/MATV em SCI, qualquer que seja a configuração escolhida, devem tomar em consideração os níveis de sinal nas tomadas de telecomunicações, tal como consta da tabela 6.11, da página 168, do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353. Não é necessário, como tal, ter em conta os valores de “Tilt” e atenuação, uma vez que estes apenas são medidos na rede de televisão por cabo.

  11. 11
    Como devem ser interpretados os 2dB de perda total admitida para as redes de fibra ótica, tal como detalhado na figura 4.32, do ponto 4.1.4.3 do Manual ITED3?

    Os 2 dB considerados devem ser interpretados como uma medida de qualidade. Para efeito de cálculos deve ser considerado o valor de 1,8dB em cada ligação permanente.

  12. 12
    As medidas de atenuação de fibra ótica são precedidas de uma calibração dos equipamentos, tal como descrito no ponto 6.3.1.1 do Manual ITED3. Existem outras alternativas à calibração, para além da utilização de apenas um chicote de teste?

    Poderão ser utilizados outros métodos de calibração, nomeadamente os preconizados pelos fabricantes dos equipamentos, normalmente com recurso a dois chicotes de teste.

  13. 13
    Os cabos de pares de cobre em alumínio cobreado (CCA) são permitidos nas ITED?

    Os cabos de pares de cobre que são instalados ao abrigo do Manual ITED2https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=995841 e do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353 devem estar de acordo com as normas europeias da série EN50288.

    A partir de 19 de dezembro de 2013, com as novas edições das referidas normas, os condutores dos cabos de pares de cobre a instalar em infraestruturas de comunicações eletrónicas têm de ser constituídos, integralmente, por cobre.

    Assim, em infraestruturas previstas nos Manuais ITED2 e ITED3 e posteriores a 19 de dezembro de 2013, a instalação de CCA, bem como de aço cobreado, são proibidos.

  14. 14
    Os cabos coaxiais com condutor central cobreado são permitidos nas ITED?

    Os cabos coaxiais com condutor central cobreado poderão ser instalados nas ITED, desde que cumpram, os requisitos previstos no ponto 3.1.2.1 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353, nomeadamente ao nível da resistência máxima admissível para os condutores central e externo.

  15. 15
    As tomadas de telecomunicações (TT) a instalar nas redes coaxiais têm de ter uma saída específica para a ligação de sistemas via satélite?

    Não, a saída poderá não ser específica. No entanto a TT deverá estar apta ao fornecimento de serviços no mínimo até aos 2150 MHz, tal como refere o ponto 3.1.2.2.9 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353.

  16. 16
    Numa moradia unifamiliar é obrigatória a instalação de antenas?

    O sistema de S/MATV, onde se incluem as respetivas antenas, só é obrigatório em edifícios com 2 ou mais fogos, tal como o previsto no ponto 4.1.4.2.1 no Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353. Assim, esta obrigatoriedade não se aplica ao edifício em causa, pelo que estas só deverão ser instaladas caso estejam previstas no projeto.

  17. 17
    As antenas de radiodifusão sonora (FM) têm de ser instaladas?

    Tal com esclarece o ponto 3.3 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353, nas ITED apenas estão contempladas as antenas destinadas à captação do sinal da televisão digital terrestre, o que significa que as antenas de FM não são obrigatórias, desde que não estejam previstas em projeto.

  18. 18
    Como devo proceder nos projetos das redes de cabos coaxiais em edifícios não residenciais?

    Nos projetos das redes de cabos coaxiais em edifícios não residenciais, é sempre obrigatória a existência de uma rede que se desenvolve entre os pontos de distribuição considerados, sendo a ligação dos mesmos às tomadas de telecomunicações efetuada obrigatoriamente através de uma topologia em estrela. Esta rede deverá cumprir com os requisitos previstos no ponto 4.1.4.2.5 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353, para as redes de televisão por cabo (CATV).

    No caso do projeto de redes de S/MATV existem duas possibilidades:

    • o projeto de um sistema coaxial único, com recurso à rede de CATV existente;
    • em alternativa uma rede específica, que se poderá desenvolver em qualquer topologia.
  19. 19
    Como se validam os ensaios efetuados nas várias redes?

    Na rede de pares de cobre deverá ser garantida a classe de ligação prevista no projeto, tal como o disposto no ponto 6.1.2 do Manual ITED3https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1327353.

    Nas redes coaxiais (televisão por cabo), deverá ter em conta o previsto no ponto 6.2.2 do mesmo Manual, ou seja, deverá ser analisada a zona de funcionamento, garantindo que todos os valores medidos nas tomadas de telecomunicações (TT) estão compreendidos entre os valores das TT +F e –F previstos no projeto em cada fogo. Deverá ainda ser analisada a linearidade da curva de resposta em frequência.

    Nas redes coaxiais (S/MATV) deverá ter-se em conta o previsto no ponto 6.2.2 do referido Manual, ou seja, deverá ser garantido que os valores não excedam o previsto nas tabelas 6.11 a 6.16, considerando o correto ajuste da cabeça de rede com os valores referidos no projeto.

    Nas redes de fibra ótica deverá ser garantido que os valores referidos no projeto não são excedidos, tal como o previsto no ponto 6.3.2 do Manual ITED3.