2.1. Penetração por serviço e combinação de serviços


De acordo com os resultados deste inquérito, no final de 2014 a penetração do serviço telefónico fixo (STF), do serviço telefónico móvel (STM) e do serviço de acesso à Internet (SAI) entre as PME situava-se entre os 89 e os 94 por cento.

Apesar de apresentar um dos níveis de penetração mais reduzidos (54,5 por cento), o serviço de Internet móvel (SAIM) foi o que mais cresceu entre 2012 e 2014 (+5,9 pontos percentuais), seguindo-se o serviço de acesso à Internet fixa (SAIF) - cresceu +5,7 pontos percentuais.

Tabela 1 - Subscrição de serviços de comunicações eletrónicas

2007

2010

2012

2014

Serviço telefónico fixo (STF)

95,8

90,3↓

92,3↑­

93,5

Serviço telefónico móvel (STM)

71,5

81,8­↑

89,7­↑

89,3

Serviço de acesso à Internet (SAI)

63,5

76,1­↑

89,2­↑

93,3↑

   Serviço de acesso à Internet fixa (SAIF)

:

71,0

83,2­↑

88,9­↑

   Serviço de acesso à Internet móvel (SAIM)

:

32,2

48,6↑

54,5­↑

Serviço de TV por subscrição (STVS)

4,5

13,1­↑

10,9↓

15,7­↑

Unidade: %.   
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo das Comunicações Eletrónicas, PME, dezembro 2007, 2010, 2012 e 2014.
Base: Total de empresas com menos de 250 pessoas ao serviço.
Nota 1: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável.1
Nota 2: Em 2007 não é possível desagregar pelo tipo de acesso à Internet (fixa ou móvel).
Nota 3: A seta com orientação ascendente indica um aumento estatisticamente significativo entre os momentos t-1 e t e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa.2


De acordo com o inquérito anual “Information and Communication Technologies in enterprises” do Eurostat dirigido especificamente às empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço3, a penetração do serviço de acesso à Internet nas empresas portuguesas era semelhante à verificada na média da UE28. O acesso à banda larga móvel é ligeiramente superior em Portugal (66 por cento face a 64 por cento, na média da UE28 e 10ª posição do ranking).

Tabela 2 - Subscrição do serviço de acesso à Internet pelas empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço no contexto da UE

2010

2011

2012

2013

2014

UE28 (%)

94

95

95

96

97

Portugal (%)

94

95

95

96

97

Ranking PT na UE28

18º

17º

18º

17º

16º

Desvio face média UE28 (p.p)

0

0

0

0

0

Unidade: %, p.p. 
Fonte: Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in enterprises"
Base: Empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço (não inclui o Sector Financeiro)

Cerca de 53 por cento das PME utilizavam 4 ou 5 serviços de comunicações eletrónicas (+7,8 pontos percentuais que em 2012).

A combinação de serviços (individualizados os em pacote) mais usual e que mais cresceu entre as PME (+9,3 pontos percentuais) foi STF + STM + banda larga fixa (BLF) + banda larga móvel (BLM). O segundo tipo de combinação com maior crescimento (+4,9 p.p.) foi a utilização dos cinco serviços (STF+STM+BLF+BLM+STVS).

Gráfico 1 - Combinações de serviços de comunicações eletrónicas
A combinação de serviços (individualizados os em pacote) mais usual e que mais cresceu entre as PME (+9,3 pontos percentuais) foi STF + STM + banda larga fixa (BLF) + banda larga móvel (BLM). O segundo tipo de combinação com maior crescimento (+4,9 p.p.) foi a utilização dos cinco serviços (STF+STM+BLF+BLM+STVS).
 

Unidade: %.   
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo das Comunicações Eletrónicas, PME, dezembro 2012 e 2014.
Base: Total de empresas com menos de 250 pessoas ao serviço.
Nota 1: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável.
Nota 2: STF - Serviço telefónico fixo; STM - Serviço telefónico móvel; BLF – Banda larga fixa; BLM – Banda larga móvel; STVS – TV por subscrição.
Nota 3: A seta com orientação ascendente indica um aumento estatisticamente significativo entre os momentos t-1 e t e a seta com orientação descendente traduz uma diminuição estatisticamente significativa.

2.1.1. A utilização do serviço de circuitos alugados e das redes privativas

Os circuitos alugados e o serviço de gestão de redes privativas são pouco utilizados pelas empresas inquiridas (4,4 e 4,0 por cento, respetivamente).

Tabela 3 - Utilização de circuitos alugados e redes privativas pelas empresas

2014

Circuitos alugados

4,4

Serviço de gestão de redes privadas / rede privada virtual

4,0

Unidade: %.   
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo das Comunicações Eletrónicas, PME, dezembro 2014
Base: Total de empresas com menos de 250 pessoas ao serviço
Nota: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável.

De acordo com os inquiridos, estes serviços são sobretudo utilizados para armazenamento, acesso, partilha e transmissão de dados e recursos informáticos, quer a nível da organização interna da empresa (i.e. acesso a hardware/software/extranet/Internet/servidor/datacenter, comunicações dentro da empresa, faturação/contabilidade, gestão de stocks e clientes, segurança/vigilância, serviço externo/teletrabalho, relações entre a sede e restantes estabelecimentos ou sucursais/filiais), quer nas suas relações com o exterior (i.e. pagamentos, relações com fornecedores e clientes).

Notas

nt_title


1 Considera-se o coeficiente de variação enquanto indicador de avaliação do erro de amostragem, tendo por base a variância do estimador "proporção" ou "média" (consoante o caso) de uma amostragem aleatória simples. Considera-se a seguinte classificação: estimativa fiável quando o coeficiente de variação é inferior a 10 por cento; estimativa aceitável quando o coeficiente de variação é superior ou igual a 10 por cento e inferior a 25 por cento; estimativa não fiável quando o coeficiente de variação é superior ou igual a 25 por cento.
2 Recorreu-se ao teste estatístico da diferença entre duas proporções para amostras grandes e independentes, considerando um nível de confiança de 95 por cento.
3 Os resultados não são comparáveis com os do inquérito promovido pela ANACOM. O inquérito promovido pela ANACOM inclui as microempresas e exclui as grandes empresas, enquanto que o inquérito do Eurostat exclui as microempresas e inclui as grandes empresas.