2. Análise


Na sua carta de 7 de março de 2017, a MEO refere que os custos anuais relativos aos cabos submarinos de suporte aos anéis CAM e Inter-ilhas e atividades associadas são apurados no âmbito do seu Sistema de Contabilidade Analítica (SCA) no decorrer do primeiro semestre do ano seguinte ao qual dizem respeito, sendo os mesmos disponibilizados à ANACOM até ao dia 30 de junho. Neste contexto, a MEO informou que se encontrava, à data, a proceder ao apuramento dos resultados relativos ao ano 2016, não lhe sendo possível disponibilizar valores finais dos custos dos cabos submarinos relativos a esse ano, tendo remetido, por isso, informação relativa aos custos com os valores finais apurados para o ano 2015 e com os valores estimados referentes ao ano 2016.

Assim, na presente análise são utilizadas as estimativas da MEO relativas aos custos em 2016.

Para evitar realizar a análise com base em estimativas de custos, no futuro a revisão anual dos preços dos circuitos CAM e Inter-ilhas será feita no segundo semestre do ano.

Notas
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1 O parque médio anual passou de 8 para 4 circuitos tradicionais desde 2015.
2 A MEO informou que, com a adoção do Network Costing Model (NCM), os custos são desagregados no início do processo de apuramento dos resultados do SCA a um nível mais elementar, tendo deixado de existir uma atividade global para os cabos submarinos amarrados em Portugal e passado a existir atividades distintas para cada um dos cabos submarinos. Neste caso concreto as atividades a considerar são ''Cabos Submarinos CAM'' e ''Cabos Submarinos Inter-ilhas''. Estando este modelo de rede totalmente integrado no SCA da MEO, mas diferindo o racional de alocação dos custos face ao anterior modelo, as atividades consideradas são distintas, pelo que, segundo a MEO, não é possível proceder à disponibilização dos custos dos circuitos CAM e Inter-ilhas no formato solicitado no pedido de informação da ANACOM.
3 Inclui custos de investimento (amortizações e custo de capital) e custos de O&M.
4 Estimada pela ANACOM com base nos dados fornecidos na carta da MEO, correspondendo a:
(a) [IIC] [FIC] Gbps ligados/reservados para a MEO na rede MPLS;
(b) [IIC] [FIC] suportados na rede SDH; e
(c) [IIC] [FIC] suportados em DWDM.

5 Que são as centrais de Carcavelos (01CV01), de Picoas (01LX00) e da Boa-Hora (01LX22), no Continente, a central da Fajã de Baixo (96PD02), em S. Miguel, nos Açores e a central da Nazaré (91FX03), na ilha da Madeira, incluindo, adicionalmente, nos Açores a central de Ponta Delgada (96PD01).
6 Isto é, uma ligação/troço entre o Continente e a RA dos Açores (RAA) ou entre o Continente e a RA da Madeira (RAM) ou entre a RAA e a RAM.
7 Fixado na sequência da decisão da ANACOM de 1 de setembro de 2016, relativa à análise do Mercado 4.
8 Preços publicados no Anexo 2 da ORCE (versão 15). Aos preços do troço/circuito Ethernet CAM acrescem os preços dos respetivos segmentos de trânsito terrestres (se aplicável) e os preços das extensões internas e/ou segmentos terminais.
9 Se os operadores solicitarem securização de um ou dois troços/circuitos CAM com uma determinada capacidade, a MEO deve propor uma solução adequada, não podendo o preço ultrapassar, em qualquer caso, três vezes o preço pago pelos troços/circuitos contratados não securizados.
10 Ver nota de rodapé 5.
11 Com base nos dados remetidos na carta da MEO de 7 de março de 2017.
12 Inclui custos de investimento (amortizações e custo de capital) e custos de O&M. A MEO salientou que, decorrente das migrações previstas da rede MPLS para a rede SDH, durante o ano 2016 foram realizados investimentos para ampliação de capacidade DWDM dos cabos submarinos Inter-ilhas no valor de [IIC] [FIC] euros. Este investimento foi imobilizado pela MEO em dezembro de 2016, pelo que a estimativa apenas considera a amortização do exercício realizada durante um mês e o respetivo custo de capital no valor de [IIC] [FIC] euros.
13 A estimativa efetuada pela MEO para os circuitos CAM é também aplicável aos circuitos Inter-ilhas.
14 Preços publicados no Anexo 2 da ORCE (versão 15). Tal como para os circuitos CAM, aos preços dos circuitos Inter-ilhas acrescem os preços dos respetivos segmentos de trânsito terrestres (se aplicável) nas ilhas terminais e os preços das extensões internas e/ou segmentos terminais.