O resultado líquido apurado no exercício de 2000 foi superior ao do exercício anterior, atendendo a que os proveitos e ganhos tiveram um acréscimo em relação ao ano anterior, e os custos e perdas um ligeiro decréscimo.
RESULTADOS | 1999 | 2000 | 2000 m6Euros |
VAR 00/99 | |||
Proveitos e Ganhos Operacionais | 9.102 | 100% | 11.757 | 100% | 59 | 2.654 | 29% |
Custos e Perdas Operacionais | -6.485 | -71% | -6.364 | -54% | -32 | 122 | -2% |
Resultados Operacionais | 2.617 | 29% | 5.393 | 46% | 27 | 2.776 | 106% |
Resultados Financeiros | 189 | 2% | 408 | 3% | 2 | 219 | 116% |
Resultados Extraordinários | -57 | -4% | 88 | -1% | 0 | 145 | |
Resultado Líquido | 2.749 | 27% | 5.889 | 48% | 29 | 3.140 | 114% |
Unidade: 106Escudos e 106Euros
Para a melhoria dos resultados operacionais concorreu, fundamentalmente, tal como em anos anteriores, o aumento da actividade inerente à utilização do espectro radioeléctrico, nomeadamente, o novo serviço de acesso fixo via rádio (FWA), e o aumento das estações móveis do Serviço Móvel Terrestre Público.
O acréscimo dos resultados financeiros reflecte a rentabilização das disponibilidades de tesouraria que o Instituto manteve aplicadas durante o período em análise.
Os resultados extraordinários registaram, também, um acréscimo de valor, reflectindo, fundamentalmente, os movimentos contabilísticos de contrapartida inerentes à redução da provisão para clientes de cobrança duvidosa.
Tal como nos exercícios anteriores, o Resultado Líquido foi transferido para Reserva de Investimento, constituindo um reforço do montante daquela rubrica.
EVOLUÇÃO DOS PROVEITOS E GANHOS | 1998 | 1999 | 2000 | 2000 106Euros |
VAR 00/99 |
Prestações de Serviços | 6.515 | 9.026 | 11.677 | 58 | 29% |
Taxas de Licenciamento | 47 | 82 | 207 | 152% | |
Taxas de Utilização | 5.904 | 8.325 | 11.405 | 37% | |
Homologações e Aprovações | 21 | 16 | 6 | -63% | |
Acções de Fiscalização | 16 | 19 | 3 | -84% | |
Outros Proveitos | 527 | 584 | 7 | -90% | |
Proveitos Suplementares | 3 | 11 | 2 | 0 | -82% |
Subsídios à Exploração | 54 | 65 | 77 | 1 | 18% |
Prov. e Ganhos Financeiros | 136 | 193 | 412 | 2 | 113% |
Prov. e Ganhos Extraordinários | 103 | 58 | 481 | 2 | 729% |
TOTAIS | 6.811 | 9.353 | 12.650 | 64 | 35% |
Unidade: 106Escudos e 106Euros
Os proveitos e ganhos verificados no exercício ascenderam a 12.650 milhões de escudos, o que representou um crescimento de 35% relativamente ao período anterior.
Para a evolução dos proveitos e ganhos contribuíram, o acréscimo considerável registado no número de estações móveis do Serviço Móvel Terrestre (cerca de 42,7%), a facturação de novos serviços e a rentabilização dos excedentes de tesouraria.
EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS | 1998 | 1999 | 2000 | 2000 106Euros |
VAR 00/99 |
Fornecimentos e Serviços Externos | 1.725 | 1.813 | 1.981 | 10 | 9% |
Rendas e Alugueres | 209 | 250 | 252 | 1% | |
Deslocações, Estadas, Representação | 253 | 226 | 257 | 14% | |
Trabalhos Especializados, Honorários | 544 | 443 | 618 | 40% | |
Conservação e Reparação | 191 | 153 | 227 | 48% | |
Comunicação | 148 | 139 | 168 | 21% | |
Custos Comuns aos Edifícios | 144 | 162 | 174 | 7% | |
Publicidade | 43 | 193 | 33 | -83% | |
Outros | 193 | 247 | 252 | 2% | |
Custos com o Pessoal | 2.071 | 2.466 | 2.687 | 13 | 9% |
Remunerações | 1.564 | 1.740 | 1.917 | 10% | |
Encargos sobre Remunerações | 247 | 279 | 255 | -9% | |
Pensões e Prémios para Pensões | 90 | 284 | 295 | 4% | |
Outros Custos com o Pessoal | 170 | 163 | 220 | 35% | |
Outros Custos e Perdas | 1.590 | 949 | 1.277 | 6 | 35% |
Quotizações | 204 | 190 | 205 | 8% | |
Reuniões e Conferências | 173 | 258 | 116 | -55% | |
Apoio logístico a entidades externas | 744 | 273 | 293 | 7% | |
Patrocínios | 28 | 54 | 97 | 80% | |
Projectos especiais | 43 | 156 | 263% | ||
Cooperação | 33 | 8 | 6 | -25% | |
Outros | 408 | 123 | 404 | 228% | |
Amortizações | 779 | 796 | 816 | 4 | 3% |
Provisões | 83 | 580 | -100% | ||
TOTAIS | 6.248 | 6.604 | 6.761 | 34 | 2% |
Unidade: 106Escudos e 106Euros
Em 2000, verificou-se um aumento de 2% nos custos e perdas, o qual decorreu do efeito conjugado de alguns aumentos e reduções verificados em algumas naturezas de custo específicas.
Contribuíram para o aumento, os seguintes factos:
- Necessidade de recorrência a empresas especializadas, com maior frequência, com o objectivo de obter os elementos necessários às análises sectoriais e de assessoria ao Governo.
- Novas necessidades no âmbito da manutenção dos equipamentos atendendo a que, à medida que estes vão sendo tecnologicamente mais avançados, mais onerosos se tornam os custos de manutenção, nomeadamente no que respeita às tecnologias de informação.
- O patrocínio de eventos e organizações no âmbito do sector, nomeadamente à APDC, ao ICEP, ao Museu dos Transportes e Comunicações, Forum M, APCNP, etc..
- Necessidade de reforçar o valor do fundo de pensões, dado que algumas premissas consideradas na actualização do estudo actuarial, à data de 2000/12/31, sofreram ajustamentos, designadamente, a concretização da aposentação de trabalhadores com idades inferiores às consideradas e a rentabilidade efectiva ter sido significativamente inferior à esperada.
- A participação no financiamento de projectos especiais de ordem social, no âmbito da sociedade de informação (apoio a crianças com doenças prolongadas, apoio a cidadãos com necessidades especiais, etc.), projectos que tirando proveito dos meios de telecomunicações, se enquadram no âmbito das Grandes Opções do Plano.
Para a redução de custos contribuiu, fundamentalmente, o facto de não ter havido necessidade de constituir provisões para fazer face a encargos diversos.
ACRESCENTADO 1998 1999 2000 VAR 00/99 Valor Acrescentado Bruto (m6Escudos) 4.844 7.285 9.772 34,1% Nº Médio de Efectivos 365 373 387 3,8% VAB por Efectivo 13,3 19,5 25,3 29,3%
O valor acrescentado bruto do Instituto, definido nos termos do Plano Oficial de Contabilidade, ascendeu no ano em apreciação a 9.772 milhões de Escudos, o que representou um acréscimo de 34,1% relativamente ao ano anterior.