Novos prestadores encaminham 10,4% do tráfego fixo


Os 12 novos prestadores de telefone fixo, que operam desde 1 de Janeiro, encaminharam 10,4 por cento do tráfego de longa distância (nacional e internacional) gerado em Portugal neste primeiro semestre, o equivalente a 96,9 milhões de minutos de conversação. Mas é no tráfego internacional com origem no nosso País que a quota conjunta dos novos operadores se apresenta mais elevada (16,1 por cento desse tráfego).
Em Junho, havia 20 prestadores de SFT licenciados pelo Instituto das Comunicações de Portugal (ICP), dos quais 12 em actividade. Destes, um operava apenas em acesso directo, 8 somente em acesso indirecto (10xy) e 3 em ambos os tipos de acesso. Nesta data, existiam em Portugal 330 mil clientes de serviços de acesso indirecto à rede fixa, contra 3,5 milhões de clientes no acesso directo.
Nesta edição, o ICP publica uma vasta compilação de dados estatísticos que retratam com propriedade o que se passou neste primeiro semestre de ambiente de telecomunicações totalmente liberalizado. Pela primeira vez, também, o Instituto divulga dados relativos ao Serviço Fixo de Telefone (SFT), dando uma fiável panorâmica da abertura do sector e da evolução que está a tomar a liberalização da rede fixa. Além de informação sobre o tráfego telefónico encaminhado pelos novos operadores do SFT, incluem-se elementos sobre o número de prestadores, de clientes e de receitas, entre outros.
As estatísticas divulgadas pelo ICP indicam ainda que o Serviço Móvel Terrestre (SMT) atingiu os 5,19 milhões de clientes no final do segundo trimestre de 2000, o correspondente a um aumento de 5,3 por cento e à angariação de 262,5 mil novos assinantes face ao trimestre anterior. A média diária de chamadas foi de 3 ligações por assinante. No SMT, Portugal mantém uma taxa de penetração superior à média comunitária (51,9 contra 49,6 por cento, em 30 de Junho de 2000).
Já o Serviço de Chamadas de Pessoas (paging) e o Serviço Móvel com Recursos Partilhados (trunking), contrariando a tendência geral de crescimento dos serviços, redes e assinantes, estão em ciclo descendente. O paging perdeu, no final deste semestre, 10 mil assinantes, registando em Junho de 2000 cerca de 42 200 clientes (um decréscimo de 19 por cento). No mesmo período, os assinantes do trunking diminuiram 5 por cento, face aos 12 meses anteriores, tendo perdido 800 assinantes.
O serviço de televisão por cabo, que na mesma data registou 830 mil assinantes, cresceu 24 por cento face a Junho de 1999, continuando a região de Lisboa e Vale do Tejo a ter o maior número de aderentes (59 por cento do total). No final do segundo trimestre do ano, as redes de televisão por cabo chegavam a 58 por cento dos domicílios nacionais. Do total de alojamentos, 20 por cento estavam efectivamente ligados ao serviço.

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