Presidência Portuguesa - Conselho Informal de Ministros da Sociedade da Informação e do Conhecimento


/ Atualizado em 26.01.2002
Custos de ligação à Internet iguais ou, preferencialmente, mais baixos do que os preços praticados nos Estados Unidos da América. Este poderia ser, em síntese, um dos mais relevantes objectivos traçados na Conferência sobre Sociedade da Informação e do Conhecimento, que nos dias 10 e 11 de Abril reuniu em Lisboa, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.

O ministro da Ciência e da Tecnologia, reconhecendo os "desafios exigentes" que a Europa tem pela frente, disse, na sessão de abertura, que os preços de acessso à Internet devem ser "iguais ou mais baixos do que do outro lado do Atlântico". Nos EUA, refira-se, o facto de as chamadas locais serem gratuitas e de existir apenas uma mensalidade fixa de cerca de 3 mil escudos mensais que permite acesso ilimitado à Internet 24 horas por dia, constituiu um forte incentivo à sua massificação.

Mariano Gago, fixando como meta europeia de penetração da Internet os 50 por cento, até 2004, lembrou a necessidade de criar, até ao fim de 2001, uma rede transeuropeia de alta velocidade para Investigação e Desenvol-vimento (I&D).

Para combater a iliteracia digital, a Comissária para a Educação e Cultura, Viviane Reding, preconizou que nos próximos dois anos todos os professores disponham de computador e formação para poderem "usar a Internet e os recursos multimédia". Reding defendeu ainda a meta dos "5 a 15 alunos por computador até 2004".

Por seu turno, o Comissário Europeu para a Sociedade da Informação, Erkki Liikanen, referiu que o registo do .eu, o domínio de topo europeu, ocorrerá ainda esta Primavera.

O comércio electrónico, a democracia digital e os Governos "on-line", a indústria dos conteúdos digitais, cartões inteligentes, cidadãos com necessidades especiais ou a prevenção da info-exclusão foram outros temas tratados no Conselho Informal de Ministros que decorreu no Centro de Congressos da antiga FIL.

Em Junho, no final do semestre em que Portugal preside aos destinos europeus, o velho continente deverá ver consolidado o seu esforço de criação de uma verdadeira Sociedade da Informação, através da aprovação do Plano de acção eEurope.