França, Brasil e EUA: Televisão Digital com Novos Desenvolvimentos


/ Atualizado em 03.07.2002

A Televisão Digital Terrestre - DVB-T continua em expansão um pouco por todo o mundo. Em França, seguindo o exemplo dos dois países europeus mais empreendedores neste campo, o Reino Unido e a Suécia, a estratégia de introdução, difusão e comercialização da DVB-T está a ser sujeita à análise dos operadores e da própria Autoridade de Regulação das Telecomunicações - ART.
Nessse sentido, a ART preparou um plano nacional de frequências, que prevê a existência de seis frequências múltiplas, o equivalente a um leque total de 36 canais televisivos. Seguidamente, o Conselho Superior de Audiovisual francês deverá pronunciar-se sobre a distribuição das frequências.
No Brasil, o órgão regulador do país, a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, tem em consulta pública, até ao dia 5 de Maio, um novo relatório sobre televisão digital. O "Terceiro Relatório Parcial - Testes em Sistemas de Televisão Digital" resulta dos testes de laboratório coordenados pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (grupo SET/Abert) e pretende escolher a tecnologia de modulação mais adequada ao País. A ANATEL realizou testes de campo às tecnologias DVB-T (Europa), ATSC (EUA), e ISDB-T (Japão) e os resultados apontaram como melhor tecnologia a DVB-T. Quanto à decisão sobre a faixa de frequências a disponibilizar para estes serviços, o presidente da ANATEL - Renato Guerreiro - anunciou, durante a Americas Telecom, que iria aguardar os resultados da Conferência Mundial das Radiocomunicações - WRC 2000, a decorrer em Istambul durante o mês de Maio.
Nos EUA, onde esta tecnologia está mais desenvolvida, a venda de aparelhos de TV digital continua em alta. Desde a sua introdução, em Agosto de 1998, venderam-se mais de 155 mil televisores digitais, de acordo com dados da Consumer Electronics Association - CEA. A normalização técnica de descodificadores e receptores deverá potenciar um forte crescimento do negócio, com os números a fazer crer que dentro de três anos deverão ter-se vendido no mercado norte-americano dez milhões de televisões digitais.

http://www.anatel.gov.br/