Comunicações electrónicas - 12.º relatório da CE


Foi publicado a 29 de Março o 12.º relatório da Comissão Europeia sobre os mercados e a regulação das comunicações electrónicas europeias, que apresenta o balanço da situação do sector em 2006.

Não obstante a abertura dos mercados europeus de telecomunicações à concorrência constituir uma história de sucesso comprovado, a Comissão Europeia, na figura da comissária para a sociedade da informação e média, Viviane Reding, sublinha que o crescimento de 2,3 por cento verificado em 2006 neste sector ainda não é o suficiente, tendo em conta o nível de competitividade da Europa no mercado mundial.

A Comissão pretende que a regulamentação deste sector se centre nos aspectos em que a concorrência ainda não é efectiva, para que operadores e consumidores possam tirar partido das economias de escala pan-europeias existentes. Entre outros aspectos, o 12.º relatório conclui que, de um modo geral, se verificou uma descida dos preços das chamadas e que os mercados móveis estão a atingir a maturidade, com um crescimento das receitas na ordem dos 4,6 por cento, num contexto de 478,4 milhões de telemóveis utilizados, o que resultou numa taxa de penetração na Europa de 103 por cento da população. Por outro lado, as receitas dos operadores de comunicações fixas diminuíram entre 4,5 e 5,1 por cento, ao mesmo tempo que o crescimento das receitas do mercado da banda larga se situou entre 7,8 e 8,5 por cento.

Ao nível das questões que ainda carecem de resolução, a Comissão destaca a falta de independência de algumas autoridades reguladoras nacionais, os atrasos na imposição de remédios, a disparidade de remédios para problemas de concorrência semelhantes, a gestão fragmentada do espectro de radiofrequências e a implantação insuficiente do número de emergência 112.

No que respeita a Portugal, o relatório considera que as medidas regulatórias aplicadas pela ANACOM estão a dar resultados, reflectindo-se em especial na descida de preços pagos por operadores alternativos na utilização da rede do operador incumbente e no aumento do investimento de operadores alternativos na desagregação do lacete local. Por outro lado, a Comissão sublinha a eficiência da ANACOM na análise de mercados efectuada. A análise que o relatório faz dos mercados nacionais abrange a telefonia fixa e móvel, a banda larga e a radiodifusão televisiva, destacando ainda informação relevante para o consumidor sobre transparência tarifária e qualidade do serviço, serviço universal, listas de serviços e de informações, obrigações must-carry, serviços de emergência, portabilidade do número, solicitações dos consumidores e resolução extrajudicial de conflitos.


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Informação relacionada no sítio da ANACOM: