Já se encontra disponível o relatório com os principais resultados do último inquérito ao consumo dos serviços de comunicações electrónicas, realizado com o objectivo de aferir o nível de utilização e a percepção das médias, pequenas e microempresas portuguesas sobre a qualidade destes serviços em Portugal. Este inquérito foi desenvolvido pela ANACOM e a empresa GfK Metris, de 20 de Outubro a 16 de Dezembro de 2010.
De acordo com a informação recolhida, 90,3% daquelas empresas dispunham do serviço telefónico fixo (STF) e 81,8 por cento do serviço telefónico móvel (STM) em de Dezembro de 2010. Face a 2007, os valores relativos ao STF diminuíram cerca de 5,5 pontos percentuais, enquanto a penetração do STM aumentou 10 pontos.
O serviço de Internet em local fixo (SAIF) era utilizado por 71 por cento dos inquiridos, enquanto cerca de um terço dispunha do serviço de Internet móvel (SAIM). A taxa de penetração do serviço de TV por subscrição (TV) era de 13,1 por cento.
A utilização simultânea dos serviços de telefone fixo, telefone móvel e acesso à Internet (fixa e/ou móvel) ocorre em 52% do total das empresas em análise, valor semelhante ao verificado no inquérito anterior.
No final de 2010, cerca de 31% dos inquiridos dispunham, simultaneamente, de STF, STM e SAIF, enquanto 21% utilizavam estes três serviços e ainda a Internet móvel. No entanto, apenas 37,4% das empresas em análise subscreviam um pacote de serviços (multiple play). Este valor corresponde a mais do dobro do valor registado em finais de 2007.
A penetração do serviço telefónico em local fixo atinge valores superiores a 90 por cento na generalidade dos sectores. A excepção é o subsector da construção, em que a penetração deste serviço é inferior a 70 por cento, sendo também neste subsector que o acesso à Internet fixa regista incidências significativamente inferiores. Pelo contrário, no caso do serviço telefónico móvel é o subsector da construção que apresenta a taxa de penetração estatisticamente mais elevada (91,2 por cento).
Comparando a penetração de serviços de comunicações electrónicas nas microempresas e nas pequenas e médias empresas, verifica-se que estas últimas apresentam uma taxa superior para qualquer dos serviços, registando-se as diferenças mais elevadas nos serviços de acesso à Internet.
O principal problema do mercado dos serviços de comunicações electrónicas para os consumidores empresariais são os “preços demasiado elevados”. Em 2007, os preços foram também o problema mais referenciado apesar de, na altura, a percentagem de inquiridos que citaram esta questão ser significativamente superior.
Consulte:
- Inquérito ao Consumo dos Serviços de Comunicações Electrónicas pelas Pequenas e Médias Empresas - 2010 https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1085795