Transição para a TDT no Cacém concluída com sucesso


Oito freguesias do concelho de Sintra juntaram-se a Alenquer na era da televisão digital, com o desligamento do retransmissor analógico do Cacém no passado dia 16. O processo decorreu de forma bastante positiva, demonstrando, à semelhança do que tinha acontecido em Alenquer, que a passagem da televisão analógica para a digital pode acontecer sem sobressaltos, sem perturbações de maior e com um número reduzido de situações em que as pessoas ficam sem ver televisão, desde que preparem atempadamente a mudança.

O desligamento do retransmissor analógico do Cacém foi o culminar de um processo de preparação técnica e de um plano de comunicação que envolveu os diversos meios de comunicação nacional e local, com especial intensidade nas últimas semanas.

A forte aposta na informação de todos os cidadãos - através de sessões públicas de esclarecimento - na área de influência do retransmissor, o envolvimento activo do poder local, bem como de outros parceiros locais, e a monitorização fina do processo constituíram os três pilares em que assentou este primeiro processo de migração para a TDT.

Passados quatro dias do switch-off, é possível afirmar que o processo correu de forma positiva. De acordo com a informação recolhida pela ANACOM junto do seu serviço de atendimento ao público, da linha de atendimento da TDT (cujo contacto consta da mensagem que está a ser difundida pelo retransmissor analógico do Cacém) e das oito Juntas de Freguesia abrangidas pelo desligamento, cerca de 120 famílias ficaram sem ver televisão na sequência do desligamento do retransmissor analógico, um número que representa cerca de 0,5% das famílias abrangidas.

Este número acabou por ser muitíssimo inferior ao esperado, já que a cerca de 10 dias do desligamento do retransmissor, um inquérito levado a cabo pela ANACOM revelava que poderiam ficar sem televisão cerca de mil famílias.

O processo concluiu-se assim com sucesso, mas mostra que existe uma grande tentação por parte das pessoas de deixarem a resolução do problema para a última hora. Quando assim é, existem riscos de ficar sem ver televisão, ou de fazer uma migração em condições que podem não ser as que melhor salvaguardem os seus interesses.

Por isso, e sem prejuízo da continuidade de implementação do plano de comunicação, de envolvimento de parceiros e de monitorização em curso, que se estenderá gradualmente a todo o país - com especial enfoque nos próximos meses na zona piloto Nazaré/Alcobaça, o ICP-ANACOM apela a todos os cidadãos para que vão atempadamente procedendo à migração para a TDT em todos os lares em que apenas visionem os canais RTP1, RTP2, SIC e TVI (RTP1 e RTP Açores ou RTP Madeira, nas respectivas regiões autónomas) e recebam o sinal de televisão através da tradicional antena no telhado (via herteziana terrestre).

Tal como acontecia com a televisão analógica, a televisão digital não envolve o pagamento de quaisquer mensalidades, nem obriga à subscrição de serviços de televisão paga.