Utilização dos serviços postais está em queda mas quem usa está satisfeito com a evolução registada em 2014


A utilização dos serviços postais está em queda. Em 2014, todos os pontos de acesso à rede postal registaram uma diminuição do número de utilizadores face a 2012. Mas os que utilizam manifestam-se satisfeitos com a evolução geral registada nos correios. Estas são algumas das constatações de um inquérito ao consumo dos serviços postais realizado pela ANACOM.

De acordo com o inquérito, realizado em novembro e dezembro de 2014 e que é feito de dois em dois anos, o «envio/recebimento de correio registado» foi o serviço de correio mais usado - 41,6% dos utilizadores das estações e postos de correio recorreram ao correio registado -, seguindo-se o «envio/recebimento de encomendas» e o «envio de correspondência (normal, azul, verde ou expresso)». Os objetos enviados por mais utilizadores foram as correspondências (27%). O envio de encomendas e de correio expresso foi efetuado por 13% e 2% dos utilizadores, respetivamente. As estações de correio fixas foram utilizadas por 52% dos indivíduos.

Apesar de atualmente ser possível adquirir um conjunto alargado de bens e serviços nas estações dos correios, os inquiridos mostram um elevado grau de desconhecimento sobre a disponibilidade de bens e serviços menos tradicionais nas referidas estações.

Os utilizadores de estações e postos de correios recorreram maioritariamente às agências localizadas na sua zona de residência (89,6%).

De acordo com o inquérito, o tempo médio de espera percecionado pelos utilizadores de estações e postos de correio foi de cerca de 14 e 13 minutos, respetivamente, valores superiores aos verificados em 2012. Este é, aliás, um dos aspetos que gera maior insatisfação aos utilizadores de estações e postos de correio. O «correio entregue sem danos» e o «desempenho do pessoal de atendimento» foram os fatores que maiores níveis de satisfação proporcionaram aos utilizadores destes estabelecimentos, 8,6 e 8,5, respetivamente (numa escala de 1 a 10).

No que respeita à prestação dos serviços postais, a satisfação média dos inquiridos encontra-se entre os 7,8 e os 8,2, consoante o serviço. «O sigilo/inviolabilidade da correspondência» continua a ser o que maior satisfação proporciona aos clientes, seguindo-se o «cumprimento dos prazos publicitados de entrega» e, por último, «o preço». Nas encomendas, o «correio entregue sem danos», e o «sigilo/inviolabilidade da correspondência» são fatores em que a satisfação é maior.

No que respeita ao local da receção do correio, 99% das correspondências e 77% das encomendas foi recebida no domicílio.

Entre os inquiridos recetores de correspondências ou encomendas, cerca de 87% têm a perceção que as entregas de correio na sua zona residencial são efetuadas diariamente. Cerca de 3% dos inquiridos preferiam que a distribuição fosse efetuada mais do que uma vez por dia e 13% consideram que, de acordo com as suas necessidades, a frequência de distribuição do correio podia ser mais espaçada, de dois em dois dias ou mesmo mais.

Em matéria de regularidade da entrega de correio, a satisfação média é de 8,4 pontos, em 10, abaixo do resultado do inquérito de 2012, que foi de 8,6.

O inquérito, que envolveu a realização de 1340 entrevistas a indivíduos com 15 ou mais anos de idade residentes em Portugal continental, Madeira e Açores, revela ainda que 58,5% dos indivíduos utilizadores de Internet não efetuaram compras ou encomendas online em 2014. Dos que fizeram compras online, mais de metade indicou que pelo menos uma foi entregue no domicílio ou no local de trabalho pelos CTT (50,5%) ou por outro prestador de serviços postais (17,3%). Cerca de 20,4% fizeram compras online que não implicaram entrega física (bilhetes para espetáculos, e-books, etc.) e 24,2% dos indivíduos levantaram encomendas nos estabelecimentos postais.

Cerca de 19% dos indivíduos utilizadores de Internet referiram utilizar serviços de fatura eletrónica em 2014.


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