Telefonar ainda é popular na Europa


A Comissão Europeia publicou, no final de maio, os resultados de um estudo sobre comunicações eletrónicas, cujo objetivo é acompanhar as tendências do mercado, os novos usos das tecnologias e avaliar os benefícios para os cidadãos da existência de um ambiente digital competitivo e inovador na União Europeia (UE).

As conclusões do estudo demonstram que os europeus utilizam cada vez mais as comunicações suportadas na Internet, tendo o acesso à Internet móvel aumentado significativamente, com 69% das famílias a terem agora pelo menos um membro com acesso à Internet móvel.

A pesquisa também mostra que:

  • os europeus preferem comunicar através de uma chamada de telemóvel (9 em cada 10 dos inquiridos);
  • 75% utilizam SMS, 69% emails, 67% fazem chamadas pela rede fixa e 53% usam mensagens instantâneas;
  • no dia-a-dia, 74% dos europeus consideram que a telefonia móvel é mais importante do que a Internet móvel (34%), seguido da telefonia fixa (32%), da  Internet fixa (27%) e dos SMS (26%);
  • a Internet móvel é percebida pelo grupo etário dos 15-24 anos como o segundo serviço de comunicações mais importante após a telefonia móvel (62%), enquanto para a faixa etária dos 55+ é considerado o sexto mais importante serviço (12%) e o segundo para o global da população da UE (34%).

Em todos os Estados-Membros existe um conflito de gerações na utilização das ferramentas de comunicação baseadas na Internet. A geração mais jovem (15-24 anos) faz uma maior utilização dos serviços de comunicações baseados na Internet quando comparado com os utilizadores mais velhos: 68% dos jovens usa as mensagens instantâneas diariamente e apenas 12% das pessoas com 55+ o fazem.

O estudo demonstra também que os fatores relacionados com a qualidade da Internet são cada vez mais importantes quando está em causa a subscrição da ligação: o download upload de velocidade máxima e a quantidade de dados que podem ser descarregados ou enviados são os fatores que os consumidores mais valorizam. A maioria das pessoas (79%) revela que o preço é um fator muito importante na subscrição dos serviços de comunicações, seguido da qualidade do serviço (70%).

Quase metade dos jovens entrevistados estaria disposto a ter um contrato mais longo, em troca de uma ligação de Internet mais rápida e de maior qualidade.

Em relação aos contratos realizados pelos consumidores, o estudo demonstra que 57% das famílias mudaram de prestador (com serviço de pacote) pelo menos uma vez nos últimos cinco anos.

Enquanto quase metade dos entrevistados assinaram um contrato de comunicações nos últimos três anos, apenas 22% deles terá lido os termos e condições. Destes, 62% leram parcial ou totalmente o contrato; mais de 8 em cada 10 consideram ter informação adequada e clara sobre a duração, renovação e condições; 83% concordaram ter informação suficiente e clara sobre a qualidade dos serviços subscritos; e 79% concordaram que havia informações suficientes e claras sobre a rescisão do contrato.

Esta pesquisa abrange os 28 Estados-Membros da UE. Foram entrevistados, entre 17 e 26 de outubro de 2015, 27 822 cidadãos de diferentes categorias sociais e demográficas, presencialmente em casa e nas suas línguas nativas.


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