Exercício de cibersegurança Cyber Europe 2016


Decorreu a 13 e 14 de outubro de 2016, em 30 países europeus (28 Estados-Membros da União Europeia, Suíça e Noruega), a segunda fase do maior exercício cibernético da Europa - “Cyber Europe 2016”.

Este exercício, organizado de dois em dois anos pela Agência Europeia para a Segurança das Redes e Informação (ENISA), teve como mote “stronger together”, sublinhando a importância da cooperação como solução para a resolução de incidentes cibernéticos transfronteiriços e de larga escala.

Contando com a participação de cerca de 300 organizações e de 700 profissionais de segurança no ciberespaço na Europa, o exercício testou os mecanismos de cooperação a nível nacional e europeu em caso de crise cibernética, treinando as capacidades dos participantes. O “Cyber Europe” tem, assim, como propósitos reforçar a capacidade da comunidade de cibersegurança na identificação e resolução de ameaças de grande escala, a compreensão do conceito de contaminação transfronteiriça e a cooperação entre entidades públicas e privadas.

O exercício de 2016 centrou-se nos planos de ação políticos e económicos relacionados com cibersegurança, refletindo os novos processos e mecanismos de cooperação previstos na Diretiva NIS (network and information security - segurança das redes e da informação). Pela primeira vez, foi montado um cenário que recriou a dimensão pública (opinião pública, comunicação social, empresas, redes sociais) associada a uma crise cibernética, aumentando assim o nível de realismo do exercício.

A nível nacional, a coordenação foi assegurada pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e pela ANACOM. Ambas as entidades participaram também no exercício, garantindo o CNCS a execução das suas atribuições enquanto autoridade nacional de cibersegurança e ponto de contacto nacional para as matérias de cibersegurança e a ANACOM no âmbito das suas atribuições enquanto autoridade nacional de comunicações.

Portugal participou com 15 jogadores, do sector público e do sector privado, abrangendo autoridades, reguladores, entidades de segurança interna e defesa e operadores de telecomunicações. O exercício procurou treinar e executar a articulação entre as várias entidades participantes.

Os resultados do “Cyber Europe 2016” serão analisados pela ENISA e pelos Estados-Membros e as principais conclusões serão divulgadas num relatório a publicar no início de 2017.


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