Tráfego e receitas das encomendas aumentam no 1.º trimestre


O tráfego total dos serviços postais atingiu 163,9 milhões de objetos no final do 1.º trimestre de 2020, menos 8,8% do que trimestre homólogo. Para a redução verificada contribuiu a diminuição de 9,6% do tráfego de correspondências; a redução de 8,3% do correio editorial; e a quebra de 15,4% da publicidade endereçada. O tráfego de encomendas aumentou 8,2% no período em análise – esta tendência de crescimento das encomendas iniciou-se em 2018.

Quanto às receitas geradas pela prestação de serviços postais, totalizaram cerca de 152,9 milhões de euros, menos 3,3% do que no 1.º trimestre de 2019, devido à descida nas receitas das correspondências (-6,4%), do correio editorial (-8,1%) e da publicidade endereçada (-13,4%), contrariada apenas pelo comportamento positivo das receitas de encomendas (+4,9%).

O efeito da pandemia de Covid-19 fez-se sentir nos serviços postais, com o estado de emergência a provocar inicialmente uma queda acentuada do tráfego de encomendas (cerca 20% na semana em que foi declarado) e posteriormente um significativo aumento (desde a semana em que foi declarado o estado de emergência as encomendas têm vindo a recuperar, com exceção da semana da Páscoa – que contou com menos um dia útil –, crescendo em média 7%/semana).

Do total de objetos distribuídos no 1.º trimestre, 95,9% destinaram-se ao mercado nacional, enquanto os restantes 4,1% tiveram como destino outros países. O peso do tráfego nacional e internacional no total do tráfego tem-se mantido constante ao longo dos anos. As correspondências representaram 78,5% do tráfego postal, enquanto que o correio editorial e a publicidade endereçada representaram 7,2% e 6,8% respetivamente. O peso das encomendas no total do tráfego ascendeu a 7,5%, mais 1,2 pontos do que no período homólogo.

Tendo em conta o âmbito do serviço, verifica-se que cerca de 79,7% do tráfego e 59,4% das receitas corresponderam a serviços postais compreendidos no serviço universal (SU). O peso do SU no total do tráfego desceu 2,2 pontos percentuais desde o 1.º trimestre de 2019.

Em termos de quotas dos prestadores, o grupo CTT dispunha de uma quota de cerca de 87,5% do tráfego postal total no final de março, menos 2,2 pontos percentuais face ao período homólogo. A Premium Green Mail tinha uma quota de 5,3%, que reflete uma subida de 1,4 pontos; e o Grupo Geopost/Grupo DPD subiu a sua quota um ponto, para 2,1%.

Relativamente ao tráfego abrangido pelos limites do SU, o grupo CTT detinha uma quota de cerca de 97,1%.

No 1.º trimestre de 2020, o número de pontos de acesso à rede postal e de veículos aumentou, 1,6% e 1,7%, respetivamente; e o número dos centros de distribuição diminuiu 1,2%.

A evolução do número de pontos de acesso foi marcada pelo decréscimo de 3,9% dos pontos de acesso dos CTT e por um aumento muito significativo, quase 60%, do número de pontos de acesso dos outros prestadores, devido à entrada em exploração de uma nova rede de recolha e entrega de encomendas de um prestador.

Releva-se que no âmbito dos pontos de acesso dos CTT, o número de estações de correio aumentou 0,7% em relação ao trimestre homólogo e o número de postos de correios diminuiu 1,0%1. No que respeita aos outros meios materiais (pertencentes na totalidade à concessionária do SU), verificou-se um ligeiro aumento em termos homólogos do número de apartados, enquanto o número de marcos de correio e de postos onde apenas se podem adquirir selos diminuiu 0,2% e 6,3%, respetivamente.

Notas
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1 O número de estações e de postos de correio dos CTT relativos ao 1.º trimestre de 2020 são referentes ao dia 12 de março de 2020.

Consulte o relatório estatístico: