Tráfego de Internet em banda larga fixa regista crescimento recorde de 62,5%


O tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 62,5% em 2020, valor muito superior ao verificado em 2019 (28,3%) e à média dos últimos cinco anos (41,6%).

O tráfego médio mensal por acesso foi de 198 GB, mais 55,0% do que em 2019. Este crescimento foi muito superior à média dos últimos 5 anos (32,5%). Trata-se, aliás, do crescimento mais elevado registado desde o início da recolha desta informação (em 2008).

O crescimento do tráfego decorre das alterações dos padrões de utilização do serviço devido à pandemia de COVID-19, que resultaram num acréscimo de 36,3% do tráfego médio por acesso, face à tendência que se vinha verificando. Por trimestre, o aumento foi de 43% no 2.º trimestre de 2020, de 26% no 3.º trimestre de 2020 e de 40% no 4.º trimestre de 2020. Estima-se que, caso não tivesse ocorrido a pandemia, o tráfego médio de dados fixos por acesso, em vez de ter crescido 55% em 2020, teria crescido apenas 19,3%.

O número de acessos de banda larga fixa aumentou, face ao ano anterior, em 193 mil (+4,9%), tendo atingido 4,2 milhões, com destaque para a banda larga ultrarrápida que ultrapassou, pela primeira vez, 80% do total de acessos.

A fibra ótica foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa (55,1% do total de acessos; +4,5 pontos percentuais do que em 2019). A FTTH foi também a forma de acesso que mais contribuiu para o crescimento do número de acessos [+283 mil (+14,1%) nos últimos 12 meses].

Os acessos suportados em redes de TV por cabo aumentaram 0,7%, e representavam 28,9% do total (-1,2 pontos percentuais do que há 12 meses). Os acessos ADSL mantiveram a tendência de queda, tendo diminuído 22,7% em comparação com 2019 (-20,4% em 2019), substituídos por acessos de nova geração. O ADSL representou 9,0% do total de acessos (-3,2 pontos percentuais). Os acessos fixos suportados nas redes móveis aumentaram 3,7% (-2,2% em 2019), e tinham um peso de 6,9% (-0,1 pontos percentuais).

Em termos de acessos, os principais prestadores deste serviço foram a MEO (40,5%), o Grupo NOS (35%), a Vodafone (20,7%) e o Grupo NOWO/Onitelecom (3,5%). Em comparação com o ano anterior, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou (+0,7 pontos percentuais), enquanto a MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos, tendo aumentado a sua quota em 0,2 pontos percentuais. As quotas dos Grupos NOS e NOWO/Onitelecom diminuíram (0,7 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente).

A MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (38,9%) de acessos residenciais, seguindo-se o Grupo NOS (37,2%), a Vodafone (19,8%), e o Grupo NOWO/Onitelecom (3,9%). As quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,8 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO/Onitelecom diminuíram 0,8 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente.

No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu os 38,5% no final de 2020, seguindo-se o Grupo NOS com uma quota de 34,9%. As quotas da Vodafone e do Grupo NOWO/Onitelecom foram de 22,7% e 3,1%, respetivamente. Em comparação com o ano anterior, a NOS foi o prestador cuja quota de tráfego mais aumentou (+3,6 pontos percentuais). As quotas MEO, NOWO/Onitelecom e Vodafone diminuíram 2,4, 0,6 e 0,1 pontos percentuais, respetivamente.

Resumo gráfico do serviço de acesso à Internet em local fixo em 2020


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