Tráfego postal desceu 5,1% no 3.º trimestre de 2021


Influenciado ainda pelos efeitos da pandemia COVID-19, o tráfego postal diminuiu 5,1% no 3.º trimestre de 2021, em comparação com o 3.º trimestre de 2020, representando um total de 137,5 milhões de objetos.

Desde o início de 2020, ocorreu uma significativa contração do tráfego associada ao impacto da COVID-19. O efeito global da COVID-19 no tráfego durante os sete trimestres em que se registou a pandemia foi, em média, de -8,1% por trimestre. No 3.º trimestre de 2021, estima-se que o efeito da pandemia sobre o tráfego postal tenha sido menos severo do que, em média, nos trimestres anteriores (-7,5%) e que, caso não tivesse ocorrido pandemia, o tráfego postal teria diminuído 4,7%.

Por tipo de objeto, o tráfego das correspondências, do correio editorial e da publicidade endereçada caiu 6,1%, 0,6% e 14,1%, respetivamente, enquanto o tráfego de encomendas aumentou 4%, o menor aumento homólogo desde o 3.º trimestre de 2017.

No final do 3.º trimestre de 2021, as correspondências representaram 75,3% do tráfego postal, enquanto o correio editorial e a publicidade endereçada representaram 7,5% e 5,7% respetivamente. O peso das encomendas no total do tráfego situou-se nos 11,6%, mais um ponto percentual (p.p.) do que no mesmo período de 2020.

As receitas geradas pelos prestadores legalmente habilitados para a prestação de serviços postais totalizaram cerca de 166 milhões de euros, mais 0,8% do que no período homólogo. Esse crescimento foi impulsionado pelas receitas de encomendas, que aumentaram 2,3%, passando a representar 42,9% do total de receitas, mais 0,6 p.p. do que no trimestre homólogo. A receita média por objeto aumentou 6,3% face ao trimestre homólogo, tal como vem acontecendo desde o final de 2018 em resultado da alteração da estrutura do tráfego, designadamente do aumento do peso das encomendas.

Os serviços postais compreendidos no âmbito do serviço universal (SU) representaram cerca de 82,3% do tráfego e 50,8% das receitas.

O tráfego de SU desceu 5,4% e o seu peso no total do tráfego diminuiu 0,2 p.p. em comparação com o mesmo período do ano anterior. As receitas do SU diminuíram 0,9% e o seu peso no total diminuiu 0,9 p.p.

O Grupo CTT dispunha de uma quota de cerca de 84,6% do tráfego postal, menos 1,6 p.p. do que no 3.º trimestre de 2020. Relativamente ao tráfego abrangido pelos limites do SU, o Grupo CTT detinha uma quota de cerca de 88,9%, menos 1,7 p.p. do que no mesmo período do ano anterior. Trata-se do valor mais reduzido de sempre. Por outro lado, a quota de encomendas do Grupo CTT atingiu 49,6% (-1,1 p.p. do que no mesmo período do ano anterior).

No período em análise, contabilizaram-se cerca de 15,1 mil trabalhadores afetos à exploração dos serviços postais, 73,1% dos quais colaboradores do Grupo CTT. O número de trabalhadores aumentou 1,2% relativamente ao trimestre homólogo, impulsionado principalmente pela atividade dos prestadores alternativos.

Neste trimestre aumentaram os pontos de acesso (+1,8%), os centros de distribuição (+6,0%) e os veículos (+13,2%). O expressivo crescimento do número de veículos deveu-se à expansão da frota de vários prestadores de correio expresso alternativos (+29,9%), em resposta a um aumento da procura em ambiente de pandemia, e o crescimento dos centros de distribuição foi devido ao regresso à atividade de um prestador.

Resumo gráfico dos serviços postais no 3.º trimestre de 2021


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