Em dezembro de 2021, os preços das telecomunicações, medidos através do respetivo sub-índice do Índice de Preços do Consumidor (IPC), aumentaram 0,6% face ao mês anterior devido ao fim das promoções da “Black Friday”. Em comparação com o mês homólogo, os preços aumentaram 1,1%. A taxa de variação média dos preços das telecomunicações nos últimos doze meses foi de 0,5%. Desde janeiro, os preços aumentaram 1,2% devido ao crescimento das mensalidades das ofertas em pacote.
O país da EU onde ocorreu o maior aumento de preços foi a Eslováquia (+7,4%) enquanto a maior diminuição ocorreu na Bulgária (-3,2%). Em média, os preços das telecomunicações na UE aumentaram 0,6%.
Preços aumentaram 7,7% desde o final de 2009
Numa perspetiva de longo prazo e em termos acumulados, entre o final de 2009 e dezembro de 2021, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,7%, enquanto na UE diminuíram 9,8%. A diferença estreitou-se com a entrada em vigor, no dia 15 de maio de 2019, das novas regras europeias que regulam os preços das comunicações intra-UE.
Uma análise comparativa mais fina permite constatar que, entre o final de 2009 e dezembro de 2021, os preços das telecomunicações diminuíram 17% na Bulgária, enquanto na Hungria, em Portugal e na Roménia aumentaram 1,6%, 7,7% e 19,1%, respetivamente.
Alterações registadas nos preços
No mercado nacional, as mensalidades mínimas são oferecidas pela NOWO em oito casos de um leque de 13 serviços/ofertas, enquanto a MEO, a Vodafone e a NOS, apresentaram as mensalidades mais baixas para três, dois e um tipo de serviços/ofertas, respetivamente.
Em termos homólogos, verificaram-se 23 aumentos de preços e 3 diminuições. Sobressaem as seguintes variações de preços:
- a mensalidade mínima de televisão por subscrição (TVS) aumentou 30,8% em resultado do fim da comercialização de uma oferta por parte da NOS;
- a mensalidade mínima da banda larga fixa (BLF) diminuiu 4,2%, devido à oferta da primeira mensalidade do serviço base da NOWO;
- a mensalidade mínima do serviço telefónico móvel (STM) com Internet aumentou 50%, devido à eliminação das ofertas da NOWO e da MEO (oferta Uzo) com uma mensalidade de cinco euros;
- a mensalidade mínima da banda larga móvel através de PC/Tablet aumentou 4,3%, na sequência da eliminação da oferta da primeira mensalidade do serviço base da MEO;
- as mensalidades mínimas das ofertas BLF+TVS (+11,1%), TVS+serviço telefónico fixo (STF) e 3P (+0,4%), aumentaram na sequência da eliminação da opção de TV da NOWO a 2,5 euros/mês. Adicionalmente, a mensalidade da oferta TVS+STF aumentou 77,6% em resultado do fim da comercialização de uma oferta por parte da NOS, totalizando 78,4%;
- as mensalidades mínimas das ofertas 4P aumentaram 8,3% devido à eliminação da opção de STM da NOWO com uma mensalidade de cinco euros, e 1,3% devido à eliminação da opção de televisão da NOWO a 2,5 euros/mês, num total de 9,8%;
- a mensalidade mínima da oferta 5P aumentou 4,3%, na sequência da eliminação da oferta da primeira mensalidade do serviço base da Vodafone.
Por prestador, a MEO aumentou a mensalidade de sete serviços/ofertas. A NOS aumentou as mensalidades mínimas de cinco serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de uma oferta (STM com Internet no telemóvel - oferta Mundo). A Vodafone aumentou as mensalidades mínimas de três serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de uma oferta, nomeadamente da oferta de BLM de Internet através de PC/tablet. Por sua vez, a NOWO aumentou as mensalidades mínimas de oito serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de um serviço/oferta (oferta da primeira mensalidade do serviço base de BLF single-play).
Destaca-se, em particular, os aumentos das mensalidades das ofertas 4P e 5P da MEO, NOS e Vodafone ocorrido em maio e junho de 2021.
Consulte o relatório estatístico:
- Evolução dos preços das telecomunicações - dezembro de 2021 https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1714618