Entrevista a Sandro Mendonça, Administrador da ANACOM à DPL News, a 09.06.2022


Está disponível a entrevista de Sandro Mendonça, Administrador da ANACOM, à DPL News Link externo.https://dplnews.com/um-sistema-tecnologico-tao-complexo-como-o-5g-requer-abertura-consensualizacao-e-parcerias-sandro-mendonca-da-anacom/, o maior portal noticioso da América Latina sobre o sector digital e das telecomunicações.

Questionado relativamente ao processo de construção tecnológica e regulação económica do 5G, Sandro Mendonça referiu-se às características de pluralismo que estiveram na génese do compacto de protocolos e inovações conhecido como “quinta geração de redes móveis”. Este sistema 5G é um complexo tecno-normativo, isto é, um compósito de compromissos tecnológicos e de soluções de governança, que tem a particularidade de ter beneficiado de uma expressiva diversidade de contribuições ao longo do seu desenvolvimento.

Essa expressiva diversidade e sofisticação de contributos que alimenta a base de conhecimento em que assenta o 5G atravessou as fronteiras dos sectores público e privado, bem como industrial e académico, num esforço que terá começado continuadamente após 2010 (quando o 4G chegava ao mercado comercial) e que explodiu por volta de 2015 (quando os primeiros padrões técnicos começaram a ser estabilizados). De notar que a amplitude da proveniência geográfica dos envolvidos, sejam atores individuais (engenheiros, cientistas, etc.) ou organizacionais (empresas, laboratórios públicos, etc.), ultrapassou os 100 países ao longo da última década.

Para o apropriado enquadramento daquilo que se tornou uma trajetória consistente foi imprescindível um ambiente de regulação e standardização em que a consensualização se foi materializando e ganhando ímpeto cumulativo.

A ênfase é que as redes de colaboração internacional, nomeadamente nos planos tecnológicos e institucionais, têm garantido o progresso até aqui. A riqueza da participação de uma variedade significativa de agentes não pode ser subestimada, e deve ser afirmada, como umas das forças explicativas da robusta evolução sucessiva das várias gerações de comunicações eletrónicas que fazem uso do espectro-radioelétrico.