No 3.º trimestre de 2022, o tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 12,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, ultrapassando o máximo histórico verificado no período pandémico, e atingindo o dobro dos níveis pré-pandemia (último trimestre de 2019).
O tráfego médio mensal por acesso foi de 252 GB, mais 8,9% do que no mesmo período do ano anterior. A partir do terceiro trimestre de 2021, a COVID-19 deixou de ter impacto no tráfego médio por acesso, retomando-se gradualmente a tendência de crescimento observada no período pré-pandemia. A evolução ocorrida estará associada ao fim das principais medidas de combate à pandemia.
No mesmo período, a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 90,2 por 100 famílias, mais 3,0 pontos percentuais (p.p.) do que no mesmo período do ano anterior.
Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o número de acessos de banda larga fixa aumentou em 152 mil acessos (+3,5%), tendo atingido 4,4 milhões.
No que respeita à forma de acesso, a fibra ótica (FTTH) foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, atingindo 62,8% do total de acessos, mais 4,0 p.p. do que no 3.º trimestre de 2021 (3T2021). A FTTH foi também responsável pelo crescimento do número de acessos. Nos últimos 12 meses, o número de acessos suportados em fibra ótica aumentou em 265 mil acessos (+10,5%).
Os acessos suportados em redes de TV por cabo diminuíram 0,5%, e representavam 26,9% do total (-1,1 p.p. do que há 12 meses). Os acessos fixos suportados nas redes móveis diminuíram 7,4% e tinham um peso de 5,8% (-0,7 p.p.). Os acessos ADSL mantiveram a tendência decrescente, tendo diminuído 31,3%, substituídos por acessos de nova geração. O ADSL representava 4,4% do total de acessos (-2,2 p.p.).
No final do primeiro semestre de 2022, 87,4% dos acessos de banda larga fixa eram acessos de banda larga ultrarrápida (i.e. velocidade de download superior ou igual a 100 Mbps), mais 4,2 p.p. do que no ano anterior.
Em julho de 2021, Portugal era o quarto país da União Europeia (UE27) com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps.
O aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes de fibra ótica (FTTH) e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de TV por cabo. Estes dois tipos de redes foram responsáveis por 68% e 30% dos acessos com pelo menos 100 Mbps, respetivamente.
Relativamente às quotas dos prestadores, nos mercados do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa, estão presentes quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (40,8%), o Grupo NOS (34,1%), a Vodafone (21,6%) e a NOWO (3,0%). Em comparação com o trimestre homólogo, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou (+0,5 p.p.), enquanto a MEO foi o prestador que captou mais clientes em termos líquidos, tendo aumentado a sua quota em 0,1 p.p. As quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram (0,4 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente).
Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispôs da quota de subscritores mais elevada (39,2%), seguindo-se o Grupo NOS (36,4%), a Vodafone (20,7%), e a NOWO (3,4%). As quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,5 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente, enquanto as quotas do Grupo NOS e da NOWO diminuíram 0,4 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente.
No que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, a MEO atingiu no 3T2022 os 41,4%, seguindo-se o Grupo NOS com 30,6% e a Vodafone com 24,4%. A quota da NOWO foi de 1,8%. Em comparação com o trimestre homólogo, a Vodafone foi o prestador cuja quota de tráfego mais aumentou (+1,8 p.p.), seguindo-se a MEO (+0,8 p.p.) e a NOWO (+0,2 p.p.). A quota do Grupo NOS diminuiu 3,0 p.p.
Consulte o relatório estatístico:
- Serviço de acesso à Internet em local fixo - 3.º trimestre de 2022 https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1734158