Serviços de alta velocidade em local fixo são subscritos por 83,5% das famílias


No final do terceiro trimestre de 2022, o número de clientes residenciais de serviços de alta velocidade em local fixo atingiu 3,5 milhões, mais 6,8% do que no mesmo período do ano anterior (8,6% no terceiro trimestre de 2021). De referir que cerca de nove em cada dez novos clientes de redes de alta velocidade contrataram um serviço suportado em redes de fibra ótica (FTTH).

No final do período em análise, 83,5% das famílias já dispunham de subscrições de serviços de alta velocidade em local fixo. Nas regiões de Lisboa (96,6%), Açores (93,1%), Madeira (91,1%) e Algarve (86,6%) registaram-se penetrações superiores à média. Por seu turno, as regiões Norte (79,9%), Centro (75,2%) e Alentejo (65,5%), regiões em que a penetração destes serviços é mais baixa, cresceram acima da média nacional.

No final do 1.º semestre, 51% dos acessos de alta velocidade em local fixo eram acessos com velocidades download entre os 100 Mbps e os 400 Mbps (-11,4 p.p. do que no ano anterior), 31% tinham velocidades entre 400 Mbps e 1Gbps (+12,7 p.p. face ao 1S2021), e os acessos com velocidades iguais ou superiores a 1 Gbps ascendiam a 5% (+2,8 p.p.).

Em julho de 2021, Portugal era o quarto país da UE27 com maior proporção de acessos com velocidades iguais ou superiores a 100 Mbps (83,3% em julho de 2021).

Estima-se que, no mínimo, cerca de 6 milhões de alojamentos estavam cablados com uma rede de alta velocidade, mais 2,6% que no mesmo trimestre do ano anterior. O crescimento verificado foi inferior ao registado há um ano (4,5% em termos homólogos). A cobertura das redes de alta velocidade foi de 93,2%, mais 1,9 pontos percentuais (p.p.) que no terceiro trimestre de 2021.

Por região, a cobertura na área metropolitana de Lisboa, na Madeira e nos Açores foi superior à média nacional. Por outro lado, realça-se o crescimento do número de alojamentos cablados verificado no Algarve (+4,0%), Centro (+3,4%), no Norte (+3,2%) e no Alentejo (+2,6%), regiões onde a cobertura de redes de alta velocidade se aproximou da média nacional, reforçando-se assim a coesão territorial, que se tem vindo a verificar, sobretudo a partir de 2019.

Adicionalmente, estima-se que cerca de 67,6% dos alojamentos e estabelecimentos cablados foram efetivamente utilizados para prestar serviços a clientes residenciais e não residenciais.

O número de alojamentos cablados com fibra óptica (FTTH – Fiber to the Home) ascendeu a cerca de 5,9 milhões, mais 3,1% do que no período homólogo (tinha crescido 7,5% no 3.º trimestre de 2021), tendo atingido uma cobertura de 91,1%.

A proporção de alojamentos e estabelecimentos cablados com FTTH efetivamente utilizados atingiu os 48,0% no final do 3.º trimestre de 2022. As regiões Açores, Norte e Lisboa apresentavam taxas de adoção de fibra ótica (FTTH) superiores à média nacional. Apenas em duas regiões, Algarve e Madeira, esta taxa foi inferior a 45%. As assimetrias regionais têm vindo a esbater-se.

O número de alojamentos cablados com acessos de alta velocidade suportados em redes de TV por cabo (HFC - Hybrid Fiber Coaxial) aumentou 0,5% face ao 3.º trimestre de 2021, totalizando 3,7 milhões. A cobertura deste tipo de redes era de 57,5%.

Resumo gráfico: redes e serviços de alta velocidade no 3.º trimestre de 2022.


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