39% das famílias dispõe de TDT na sua residência principal


A televisão ou TV faz parte do dia a dia das famílias portuguesas. Uma família pode dispor de vários meios de acesso para receber o sinal de televisão. A ANACOM divulga o relatório “Meios de acesso ao sinal de TVhttps://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1736129”, que resulta de um conjunto de questões sobre os meios de acesso ao sinal de TV proposto pela ANACOM e integrado e recolhido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no “Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas famílias”, realizado entre junho e agosto de 2022.

Em 2022, o serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição (TVS) foi o principal meio de acesso ao sinal de TV nas residências principais das famílias (87,9%). A televisão digital terrestre (TDT), que permite assistir à emissão dos canais generalistas nacionais em direto e gratuitamente, foi utilizada por 38,6% das famílias, não necessariamente de forma exclusiva.

Cerca de 10% das famílias tinham residências secundárias, sendo que metade referiu ter algum acesso TDT nessas residências (50,8%). Caso se considerem as residências principais e as famílias com residências secundárias, estima-se que cerca de 40% dispunham de um acesso ao sinal de TV através da TDT. Note-se que este valor é superior ao registado em 2016 (32%).

Em 2022, contabilizaram-se 2,3 milhões de televisores com acesso à TDT, 90% em residências principais e 10% em residências secundárias. Em média, cada família dispunha de 1,6 televisores com acesso à TDT na residência habitual e 1,3 televisores nas residências secundárias.

A percentagem de famílias com acesso à TDT nas suas casas aumentou 5,3 pontos percentuais (p.p.) nos últimos quatro anos (33,3% em 2018 e 38,6% em 2022), e a maioria dispunha simultaneamente do serviço de televisão pago (75,6% ou 29,2% do total das famílias).

A utilização exclusiva da TDT nas residências principais abrangia 9% das famílias, menos 6,3 p.p. face ao registado em 2018 (15,3%) e 5,5% não dispunha de qualquer serviço fixo de comunicações eletrónicas. A utilização da TDT pelas famílias varia com a localização geográfica, tanto nas residências principais, de forma inversa ao observado com a TVS, como nas residências secundárias.

Nas residências habituais, a penetração de TDT foi superior à média nacional nas regiões Centro (44%), Norte (43%) e Alentejo (41%), enquanto a penetração de TVS foi superior à média nacional nas restantes quatro regiões (regiões autónomas, Área Metropolitana de Lisboa e, em menor medida, no Algarve). Nas residências secundárias, a penetração de TDT nessas habitações ultrapassou os 50% nas regiões Área Metropolitana de Lisboa (55%) e Alentejo (54%).

A tipologia familiar e o rendimento das famílias influenciam nos meios de acesso ao sinal de TV utilizado. As famílias com crianças e com maiores rendimentos tendem a registar uma maior penetração de TVS. Em contrapartida, as famílias sem crianças, e as famílias com menores rendimentos verificaram maiores taxas de penetração de TDT. As famílias mais numerosas, com ou sem crianças, tendem a registar uma maior utilização conjugada da TVS com a TDT.

Meios de acesso ao sinal de TV em 2022