Em dezembro de 2022, os preços das telecomunicações, medidos através do respetivo grupo do Índice de Preços do Consumidor (IPC), diminuíram 1% face ao mês anterior devido a alterações de algumas ofertas em pacote.
Em comparação com o mês homólogo do ano anterior, os preços aumentaram 0,02%. Esta variação dos preços das telecomunicações foi 9,6 pontos percentuais (p.p.) inferior ao verificado pelo IPC (9,6%).
A taxa de variação média dos preços das telecomunicações nos últimos doze meses foi de 1,8%, ou seja, 6,1 p.p. abaixo da registada pelo IPC (7,8%).
Por subgrupo, de acordo com o Eurostat, as taxas de variação média dos últimos doze meses foram de 3,6% e 0,2% nos serviços em pacote e nos serviços telefónicos móveis, respetivamente. No caso dos serviços em pacote, a taxa foi 2,6 p.p. superior à verificada em 2021.
Em dezembro de 2022, a taxa de variação média dos últimos doze meses dos preços das telecomunicações em Portugal foi superior à verificada na União Europeia (+1,7 p.p.). Portugal registou a 7.ª variação de preços mais elevada (21.ª mais baixa) entre os países da UE. O país onde ocorreu o maior aumento de preços foi na Polónia (+4,5%) enquanto a maior diminuição ocorreu nos Países Baixos (-4,4%). Em média, os preços das telecomunicações na UE aumentaram 0,03%.
Por subgrupo, as taxas de variação média dos últimos doze meses dos preços dos serviços em pacote e dos serviços telefónicos móveis em Portugal foram 2,6 p.p. e 1,2 p.p. superiores à média da UE, respetivamente.
Numa perspetiva de longo prazo e em termos acumulados, os preços das telecomunicações cresceram 9,7% desde o final de 2010 enquanto o IPC cresceu 23%.
Entre 2015 e 2019, a variação acumulada dos preços das telecomunicações foi superior à variação acumulada do IPC devido aos “ajustamentos de preços” efetuados pelos principais prestadores. Em 2019, a diminuição da divergência entre os dois índices deveu-se, sobretudo, à entrada em vigor do Regulamento (UE) 2018/1971 do Parlamento Europeu e do Conselhohttps://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1464937 que impôs um preço máximo às chamadas e SMS internacionais intra-UE.
Caso não tivesse ocorrido a redução de preço das chamadas intra-UE, estima-se que os preços das telecomunicações teriam crescido 13,3% desde o final de 2010, encontrando-se, em termos acumulados 9,7 p.p. abaixo da variação do IPC neste período.
A partir do final de 2021, o IPC passou a crescer a um ritmo superior aos preços das telecomunicações.
Entre o final de 2009 e dezembro de 2022, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,7%, enquanto na UE diminuíram 10%. Uma análise comparativa mais pormenorizada permite constatar que, entre o final de 2009 e dezembro de 2022, os preços das telecomunicações diminuíram 15,3% na Alemanha, 8,1% no Luxemburgo e 0,8% na Bélgica.
As mensalidades mínimas são oferecidas pela NOWO em oito casos de um leque de 13 serviços/ofertas, enquanto a MEO e a Vodafone apresentaram as mensalidades mais baixas para quatro e dois tipos de serviço/ofertas, respetivamente.
Em termos homólogos, verificaram-se nove serviços/ofertas com aumentos de preços e uma com diminuição. Sobressai a seguinte variação de preços:
- A mensalidade mínima da TVS aumentou 7,6%, devido à descontinuação das ofertas de TVS single play da NOS. Em dezembro de 2022 a mensalidade mínima da TVS correspondia a uma oferta single-play da MEO.
Em relação ao mês homólogo do ano anterior, e por prestador, a MEO aumentou a mensalidade de sete serviços/ofertas e diminuiu a mensalidade de um serviço/oferta (oferta da primeira mensalidade da oferta Uzo). Por sua vez, a NOS e a Vodafone aumentaram a mensalidade mínima de um serviço/oferta.
Consulte o relatório estatístico:
- Evolução dos preços das telecomunicações - dezembro de 2022 https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1737184
