Utilização da Internet das Coisas (IoT - Internet of Things) 2022



Sumário executivo

2 em cada 5 indivíduos utilizaram equipamentos IoT (Internet das Coisas) para uso pessoal ou doméstico

A utilização da Internet das Coisas (“Internet of Things” - IoT) tem vindo a aumentar nos últimos anos. Em 2022, 38% dos utilizadores individuais de Internet dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet, mais 8 pontos percentuais (p.p.) do que em 2020, e 22% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet, mais 3 p.p. do que em 2020.

Noutra perspetiva, em 2022, 32% do total de indivíduos dispunham de algum equipamento de uso pessoal com acesso à Internet e 19% dispunham de algum equipamento doméstico com ligação à Internet.

Portugal ficou acima da média da UE27 na utilização de equipamentos IoT para uso pessoal e abaixo da média da UE27 na utilização de equipamentos IoT para uso doméstico.

Os relógios inteligentes, pulseiras de fitness, auscultadores e GPS foram os dispositivos de uso pessoal mais utilizados

Entre os equipamentos de uso pessoal analisados, destacaram-se os relógios inteligentes, pulseiras de fitness, óculos ou auscultadores, equipamentos de localização por GPS, roupas, sapatos ou acessórios (33% dos utilizadores de Internet, +9 p.p. que em 2020), os automóveis equipados pelo fabricante com conexão à Internet sem fios (10%), e os equipamentos conectados com a Internet para cuidados médicos e de saúde (10%).

Entre os equipamentos domésticos analisados, destacam-se os eletrodomésticos, que passaram a ser os mais utilizados (10% dos utilizadores de Internet) e os que mais aumentaram desde 2020 (+5 p.p.). Seguiram-se os assistentes virtuais (9%), os equipamentos que permitem gerir a energia da casa (8%), e as soluções de segurança (7%).

Os equipamentos domésticos e de uso pessoal com ligação à Internet foram relativamente mais utilizados pelos indivíduos com maiores níveis de escolaridade e com menos de 45 anos.

A não utilidade e os custos foram as principais barreiras à utilização de equipamentos IoT

Entre os utilizadores de equipamentos conectados à Internet, 21% referiu ter identificado algum problema na sua utilização, destacando-se as «dificuldades na utilização do equipamento» (13%) e os «problemas de segurança informática ou privacidade» (9%).

A não utilização de equipamentos ou sistemas conectados à Internet resultou sobretudo da «ausência de necessidade de utilização» (67%), de «custos elevados» (39%) e de «preocupações com a segurança informática» (31%).

23% das empresas com 10 ou mais trabalhadores utilizaram IoT

No que se refere ao mercado empresarial, em 2021, cerca de 23% das empresas portuguesas com 10 ou mais trabalhadores ao serviço utilizaram dispositivos ou sistemas interconectados que podem ser monitorizados ou controlados remotamente através da Internet, mais 10 p.p. que no ano anterior. Portugal encontrava-se 6 p.p. abaixo da média da UE27, tendo ainda assim passado de 19.º para 16.º lugar neste ranking.

A utilização destes dispositivos tende a ser maior à medida que aumenta a dimensão empresarial, encontrando-se acima da média no caso das médias empresas (35%), e das grandes empresas (46%). A estrutura do tecido produtivo português pode, portanto, explicar uma ainda relativamente menor utilização destas tecnologias comparando com outros países.

Por sector de atividade, a utilização de dispositivos interconectados monitorizados ou controlados remotamente pela Internet nos sectores “Eletricidade e Água” (41%), “Alojamento e Restauração” (30%) e “Comércio por grosso e a retalho” (28%) superou a média nacional.

IoT utilizada para segurança das instalações e gestão do consumo de energia

As empresas tendem a utilizar equipamentos IoT sobretudo para “segurança das instalações” (86%), “gestão do consumo de energia” (32%), “gestão logística” (21%), “processos de produção” (19%), “monitorização das necessidades de manutenção” (18%) e “serviço ao cliente” (13%).

Portugal ficou acima da média da UE na utilização de equipamentos de “segurança das instalações” (+14 p.p.), ocupando a 3.ª posição neste ranking. A percentagem de empresas portuguesas que utilizaram a IoT para efeitos de “Gestão do consumo de energia” e “Processos de produção” foi também superior à média (+2 p.p. em ambos os casos).

Consulte a infografia da ANACOM e saiba mais sobre a utilização da Internet das Coisas (IoT - Internet of Things) em 2022.