SUMÁRIO EXECUTIVO
TESTES NO NET.MEDE
121 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o 2T2024, sobretudo em acessos fixos
No 2T2024, foram realizados no NET.mede cerca de 121 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 1332 testes diários), menos 11% que no trimestre anterior e menos 31% que no trimestre homólogo.
Cerca de 65% dos testes realizados foram através de acessos fixos residenciais e 23% de acessos móveis. A diminuição do número de testes face ao trimestre anterior (-11%) verificou-se em todas as categorias de acessos, com exceção dos testes através de acessos indefinidos e de acessos internacionais, ainda que os testes realizados através destes tipos de acesso representem apenas 2% e 0,1% do total de testes realizados, respetivamente.
Os testes em acessos fixos residenciais mantiveram uma maior utilização entre as 16 e as 22 horas. No caso dos acessos móveis, as horas com maior número de testes registaram-se entre as 10 e as 11 horas e entre as 15 e as 19 horas, tendo variado face ao trimestre anterior no qual o período da manhã (10-12 horas) não era tão relevante.
Testes à velocidade realizados em quase todos os concelhos
No 2T2024, dez concelhos não registaram testes em acessos fixos residenciais, num total de 308 concelhos do país, o maior número de concelhos sem testes registado desde o 1T2019. No caso dos acessos móveis, 22 concelhos não registaram testes.
A NUTS II Norte foi a região onde se verificou um maior número de testes em acessos fixos residenciais e em acessos móveis, não obstante o concelho com o maior número de testes ser Lisboa, independentemente do tipo de acesso.
RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS
Valor mediano da velocidade de download atingiu 196 Mbps nos acessos fixos, situando-se nos 138 Mbps na rede móvel 5G
Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o 2T2024 apurou-se:
Os resultados medianos associados aos acessos móveis seriam melhores caso se observassem somente os testes realizados na App, especificamente na rede móvel 5G (138 Mbps de velocidade download, 25 Mbps de velocidade upload e 25 ms de latência).
Face ao trimestre homólogo, registou-se uma melhoria na velocidade de download (+8%) e na latência (-8%) dos acessos fixos residenciais, mas um declínio dos resultados ao nível da velocidade de upload (-1%). Nos acessos móveis, a velocidade de upload (+29%) e a latência (-5%) melhoraram, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, enquanto a velocidade de download (-4%) diminuiu.
A evolução poderá refletir, entre outros, no caso dos acessos fixos, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas.
RESULTADOS REGIONAIS
Nos acessos fixos, a Região Autónoma da Madeira apresentou o melhor valor mediano de download e a região Oeste e Vale do Tejo registou o melhor valor mediano de upload
Nos acessos fixos, os valores mais elevados apurados no download mediano registaram-se na R.A. Madeira (201 Mbps) e na Grande Lisboa (187 Mbps). No upload, as regiões Oeste e Vale do Tejo e Alentejo registaram os valores medianos mais elevados (101,2 Mbps nas duas regiões).
A melhor latência mediana (mais reduzida) foi de 9 ms verificada na Grande Lisboa. Já as piores latências medianas (as mais elevadas) verificaram-se na R.A. Açores e na R.A. Madeira, sendo respetivamente de 28 e de 22 ms, resultado da sua localização geográfica.
Quase 2/3 dos concelhos com download mediano superior a 100 Mbps e 86% dos concelhos com upload superior a 50 Mbps, nos acessos fixos
Registaram-se 189 concelhos (64%) com um download mediano superior a 100 Mbps em acessos fixos (no início de 2021 eram 17 concelhos). Por outro lado, 36 concelhos (12%) obtiveram 50 Mbps ou menos.
Em termos de upload, 19 concelhos (6%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 25 Mbps e 252 concelhos (86%) um valor mediano superior a 50 Mbps. Na latência, 9 concelhos (3%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 8 ms.
Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Lisboa com um valor de download mediano de 202 Mbps e um valor de upload mediano de 97 Mbps . Nos concelhos com mais testes, a latência mediana situou-se entre os 8 ms (Sintra) e os 16 ms (Vila Nova de Gaia).
Nos acessos móveis, os testes realizados na R.A. Açores registaram o melhor valor mediano no download e o melhor upload verificou-se na R.A. Madeira
Nos acessos móveis, a R.A. Açores apresentou os melhores resultados medianos no download (39 Mbps) mas ao nível do upload tal ocorreu na R.A. Madeira (14 Mbps). O valor mais baixo apurado no download mediano registou-se nas regiões Centro e Algarve (12 Mbps) e o valor mais baixo no upload mediano verificou-se na R.A. Açores (5 Mbps).
A melhor latência verificou-se na Grande Lisboa (31 ms), enquanto a pior latência mediana registou-se na R.A. Açores (50 ms).
128 concelhos com download mediano superior a 20 Mbps, nos acessos móveis
O download mediano foi superior a 20 Mbps em 128 concelhos (45%), enquanto no segundo trimestre de 2023 tinham sido 105 concelhos (37%). Por outro lado, 61 concelhos (21%) registaram um download mediano inferior ou igual a 10 Mbps.
Em termos de upload, 92 concelhos (32%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e 66 concelhos (23%) um valor mediano inferior ou igual a 5 Mbps.
Na latência, 41 concelhos (14%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 30 ms e 80 concelhos (28%) registaram uma latência mediana superior a 40 ms.
Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se o Porto com o melhor valor mediano no download (31 Mbps), Lisboa no upload (12 Mbps) e Aveiro na latência (31 ms).
Fonte: ANACOM, com base em dados do NET.mede (testes via browser, através de https://netmede.pthttps://netmede.pt/ e nos quais houve partilha de geolocalização, ou através da App, com indicação do concelho).
* Os resultados das velocidades excluem, no caso dos testes via browser, os testes efetuados através de browsers, sistemas operativos e/ou equipamentos não recomendados.
Nota: Os resultados indicados por região/concelho não devem ser lidos dissociadamente do número de testes efetuados nos mesmos, porque um menor número de testes é mais sensível a resultados dos testes com valores extremos obtidos, sejam valores baixos ou elevados.