Tráfego dos serviços postais liberalizados cai no 3.º trimestre


/ Atualizado em 20.11.2007

Durante o terceiro trimestre de 2006, o tráfego dos serviços postais explorados em regime de concorrência somou 72 milhões de objectos, o que corresponde a 25,5% do total do tráfego postal. Aquele número traduz um decréscimo de 6,1% face ao trimestre anterior e um aumento de 24,3% em termos homólogos. Este aumento resulta em boa medida do facto de ter acontecido em 1 de Janeiro do ano passado mais uma nova fase de liberalização do sector postal.

No período em análise, o tráfego postal nacional ultrapassou os 66 milhões de objectos, tendo o tráfego internacional de saída registado cerca de 6 milhões de objectos. O tráfego nacional representa 92% do total do tráfego postal explorado em concorrência e o tráfego internacional de saída representa 8%.

A componente de tráfego nacional registou um decréscimo trimestral de 6,7% ao passo que a componente de tráfego internacional cresceu cerca de 1%.

Na área liberalizada, o Grupo CTT foi responsável por cerca de 95% do tráfego nacional e por cerca de 93% do tráfego internacional.

Neste período, dos cerca de 72 milhões de objectos postais explorados em regime liberalizado, cerca de quatro milhões enquadravam-se na categoria de correio expresso e mais de 68 milhões integravam as restantes categorias de serviços. O correio expresso representava, assim, 5% do total do tráfego explorado em concorrência, enquanto que as restantes categorias constituíam 95% do total.

Neste trimestre, o tráfego dos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso caiu 5,4%, enquanto que os serviços de correio expresso registaram um decréscimo de 17,1%.

No caso do correio não enquadrado na categoria expresso, este decréscimo de tráfego foi sobretudo influenciado pelas empresas do Grupo CTT. O decréscimo no tráfego de encomendas nacionais por parte do Grupo CTT foi o principal responsável pelo decréscimo trimestral dos serviços de correio expresso. De salientar que já no terceiro trimestre do ano anterior se tinha verificado uma queda de magnitude semelhante no tráfego de encomendas nacionais distribuídas em serviço expresso.

Comparativamente com o mesmo período do ano passado, o tráfego dos serviços de correio expresso decresceu cerca de 3% enquanto que o tráfego dos serviços não enquadrados nesta categoria aumentou 26%. Esta evolução dos serviços não enquadrados na categoria do correio expresso foi influenciada, sobretudo, pelas empresas do Grupo CTT e, particularmente, pelo crescimento da distribuição de correspondência e publicidade endereçada. Esta evolução reflecte o efeito da redução do âmbito da área reservada da concessionária.

No que diz respeito à posição concorrencial das empresas, verifica-se que, no final do terceiro trimestre, as empresas do Grupo CTT tinham uma quota de 39,5% no tráfego do correio expresso (menos 7,9 pontos percentuais do que a registada no trimestre anterior) e de 98% do tráfego dos serviços não enquadrados na categoria de correio expresso.

No final do 3.º trimestre existiam 17.669 trabalhadores afectos à exploração dos serviços postais liberalizados, mais 114 trabalhadores que no trimestre anterior.


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