Clientes em acesso directo aumentam no primeiro trimestre de 2007


No final de Março existiam em Portugal 3,3 milhões de clientes de serviço telefónico fixo na modalidade de acesso directo, número que traduz um aumento de 0,5% em relação ao trimestre anterior e uma subida de 5,4% em termos homólogos. Para esta evolução contribuíram as ofertas de prestadores alternativos suportadas em tecnologia GSM e as ofertas em pacote, integrando telefonia fixa, televisão por cabo e/ou Internet, que têm vindo a surgir no mercado.

A quota de clientes de acesso directo do Grupo PT, que se fixou nos 73,5% em Março, registou uma quebra de três pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, e de 13,4 pontos percentuais face ao trimestre homólogo. Esta quebra resulta não só das novas ofertas dos prestadores alternativos, como também dos acessos com ORLA activada.

Relativamente ao acesso indirecto através de pré-selecção, registou-se uma descida de 8,9% do número de clientes, que atingiu o valor de 392 mil. De salientar que este resultado confirma a inversão da tendência de crescimento deste tipo de acessos. Em termos homólogos, o número de clientes de pré-selecção diminuiu 21,6%. Estas variações são justificadas pelo crescimento das ofertas dos operadores alternativos na modalidade de acesso directo. Os novos planos de preços opcionais lançados pelo operador histórico e alterações de enfoque estratégico por parte de um dos operadores alternativos poderão eventualmente ter afectado esta evolução. No final de Março existiam cerca de 66 mil clientes activos de acesso através de selecção chamada-a-chamada, registando-se uma quebra de 3,6% face ao trimestre anterior e de 28,5% em termos homólogos.

Nas modalidades de acesso indirecto, os restantes prestadores continuam a dispor de uma quota de mercado próxima dos 99%, valor que se mantém desde a liberalização do Serviço Telefónico Fixo.

O parque de acessos telefónicos principais instalados a pedido de clientes no final do primeiro trimestre deste ano era de cerca de 4,1 milhões, correspondendo a uma penetração de cerca de 38,9 acessos por 100 habitantes, menos 0,3% que no trimestre anterior e menos 0,6% que no período homólogo.

Neste trimestre, o número de postos públicos instalados era de cerca de 43 mil, verificando-se um decréscimo de cerca de 0,4% face ao trimestre anterior.

Em termos de quotas de acessos, as empresas do Grupo Portugal Telecom que actuam nestes mercados detinham 75,9% do total dos acessos instalados a pedido de clientes, menos 2,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 11,5 pontos percentuais que no final do período homólogo.

Entre Janeiro e Março, o tráfego total originado na rede fixa ascendeu a 2.162 milhões de minutos, resultantes de 721 milhões de chamadas. Em relação ao trimestre anterior, o volume de minutos diminuiu 2,6% e o volume de chamadas 1,6%. Em termos homólogos, a quebra é superior: 9,5% dos minutos e 6,9% das chamadas.

A descida do tráfego prende-se sobretudo com a queda acentuada do tráfego de acesso à Internet dial-up (menos 55,4% nos minutos e menos 48% nas chamadas), motivada nomeadamente pela forte expansão do acesso à Internet através de tecnologias de banda larga.

No primeiro trimestre de 2007, 18,5% do total de minutos de voz foram originados através de acesso indirecto, valor inferior em 0,8 pontos percentuais ao observado no trimestre anterior e cerca de 2,6 pontos percentuais abaixo do registado no trimestre homólogo.

O Grupo PT tinha no final de Março uma quota de 69,4% nos minutos de voz, 0,3 pontos percentuais abaixo do valor registado no trimestre anterior, e uma quota de 69,2% em termos de chamadas, 0,4 pontos percentuais abaixo do valor registado no trimestre anterior.

No último ano, os novos prestadores aumentaram as suas quotas em cerca de 2,8 pontos percentuais, em termos de minutos, e em 2,7 pontos percentuais, em termos de chamadas.


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