Clientes do serviço telefónico móvel continuam a crescer


No final do 4.º trimestre de 2008 existiam 14,910 milhões de assinantes do Serviço Telefónico Móvel, o que representa um aumento de 2,6% face ao trimestre anterior e de 10,8% em termos homólogos.

Do total, 11,047 milhões são detentores de cartões pré-pagos, 74% do total; e 3,863 milhões são detentores de planos de assinatura.

Os cartões pós-pagos têm vindo a crescer nos últimos trimestres, evolução que está associada, entre outros factores, à adesão dos assinantes de serviços de dados baseados no UMTS que, tipicamente, implicam o pagamento de uma mensalidade.

Em Dezembro, a taxa de penetração deste serviço ascendia a 140,4 por 100 habitantes. Na interpretação do valor do número de assinantes e da penetração do serviço móvel há que ter em conta que existem utilizadores que têm mais do que um cartão; que existem cartões SIM para utilização exclusiva de serviços de dados e acesso à internet; existem cartões afectos a máquinas, equipamentos e viaturas; além de existirem cartões afectos a empresas.

No último trimestre de 2008, o número de utilizadores com acesso aos serviços UMTS ultrapassou os 4,3 milhões. O número de utilizadores activos foi cerca de 1,3 milhões, mais 20,9% do que no período anterior. Em termos de crescimento homólogo, o número de utilizadores activos de serviços UMTS cresceu 47,7%.

Os utilizadores potenciais dos serviços UMTS/HSPA representam 29% do total de assinantes do STM, enquanto os utilizadores activos constituem 8,6% do total de assinantes móveis.

A taxa de penetração do UMTS era, em Dezembro, de 40,7 por 100 habitantes. No que respeita ao tráfego de voz, foram realizadas no 4º trimestre mais de 1.955 milhões de chamadas, mais 7,8% que no período homólogo. Daquele total, 69,4% são chamadas dentro da própria rede. No mesmo período, o número de chamadas recebidas atingiu 1.950 milhões de chamadas.

No que respeita ao tráfego de voz, o tráfego fixo-móvel diminuiu 10% face ao trimestre homólogo, reforçando-se a assim a tendência que se vem registando há alguns anos.

No mesmo período, os assinantes do STM realizaram, em média, cerca de 44 chamadas mensais, menos uma do que no período anterior. Cerca de 30 das chamadas realizadas têm como destino a rede do operador de origem.

O número de minutos de conversação originados nas redes móveis totalizou mais de quatro mil milhões, registando um acréscimo de 0,9 por cento, em relação ao trimestre anterior. Em termos homólogos, o aumento foi de 15,8%. O número de minutos terminados atingiu mais de 4,1 mil milhões.

No último trimestre de 2008 registou-se o envio de 5,9 mil milhões de mensagens escritas, menos 3% que no trimestre anterior, o que não acontecia desde Março de 2005. De facto, o 4º trimestre de cada ano era o período com maior número de mensagens. O número médio de mensagens enviadas por assinante foi de 132, cerca de 4 mensagens por dia.

Em relação às MMS, foram enviadas cerca de 20 milhões, menos 8,3% que no trimestre anterior. Em termos homólogos assistiu-se a um crescimento de 85,9%. Em média cada assinante do serviço móvel com acesso às redes de 3G enviou cinco MMS no período em análise.

De Outubro a Dezembro foram realizadas cerca de 1,3 milhões de vídeochamadas, o que corresponde a um decréscimo de 12,4% em relação ao trimestre anterior. O tempo de conversação associado a estas vídeochamadas também diminuiu, cerca de 5,8% face ao trimestre anterior. Em termos homólogos, o número de vídeochamadas realizadas pelos utilizadores deste serviço cresceu 64,7% e os minutos cerca de 284,1%.

Preços dos pré-pagos comparam bem internacionalmente, mas pós-pagos são mais caros.

Em matéria de preços, uma comparação internacional de preços feita em Novembro de 2008 mostra que os preços do serviço telefónico móvel praticados em Portugal estavam abaixo da média de um conjunto de 19 países da União Europeia que integram a OCDE.

Atendendo a todos os planos de preços em Portugal, para um nível de consumo baixo, os preços com IVA são 11,1% mais baratos que nos países considerados. A diferença atenua-se quando se utilizam paridades do poder de compra (ppp), aqui os preços são mais baratos em 1,5%. No médio consumo, para preços com IVA, a diferença é mais acentuada, já que os preços são 16% mais baratos; atenuando-se a diferença para 6,5% quando se utilizam as paridades do poder de compra.

Em alto consumo, os preços deixam de ser mais baratos, quer se considerem preços com IVA, ou as paridades de poder de compra.

Os preços dos planos pré-pagos, que representam 74% do total em Portugal, são os que são mais baratos em comparação com o conjunto de países analisado. No baixo consumo, os planos pré-pagos são 22,7% mais baratos, passando a ser 14,4% mais baratos quando se utilizem paridades de poder de compra.

No caso de médio consumo, os preços com IVA são 35,2% mais baratos; sendo 31% mais baratos entrando em linha de conta com as ppp. No alto consumo, os preços são mais baratos 38,1% e 31,1%, respectivamente, consoante se considerem preços com IVA ou com IVA e ppp.

Os planos pós-pagos são sempre mais caros que os do conjunto de países analisado, quer se considerem apenas os preços com IVA ou se considerem as ppp.


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