Receita dos serviços postais cresce 1,8% em 2019 apesar de redução no tráfego total


O tráfego total dos serviços postais em 2019 diminuiu 6,7% face ao ano anterior, situando-se nos 685,9 milhões de objetos, facto que não impediu que as receitas subissem 1,8%, com a receita média por objeto a aumentar 9,1%. A descida do tráfego postal total explica-se pela diminuição do tráfego das correspondências, do correio editorial e da publicidade endereçada, a qual foi parcialmente compensada pelo aumento de 13,4% no tráfego de encomendas. Já o aumento da receita deve-se à subida registada nas receitas das encomendas, 11,8%.

No total, as receitas da prestação de serviços postais rondaram 637,7 milhões de euros, mais 1,8% do que em 2018, crescimento que se explica pelo aumento de 11,8% das receitas de encomendas, para 207 milhões de euros, contra um aumento de 9,8% em 2018. As receitas das encomendas já representam quase um terço das receitas totais do sector.

Em virtude dos comportamentos anteriormente referidos, a receita média por objeto aumentou 9,1% em 2019 comparativamente com 2018. As receitas unitárias de correspondências, do correio editorial e de publicidade endereçada aumentaram 6,1%, 1% e 1,8%, respetivamente, enquanto que a receita unitária de encomendas diminuiu 1,4%.

Analisando o total de objetos distribuídos, verifica-se que 95,5% se destinavam ao mercado nacional, enquanto os restantes 4,5% tiveram como destino outros países. O peso do tráfego nacional e internacional no total do tráfego têm-se mantido constantes ao longo dos anos.

No que diz respeito ao tipo de objeto, as correspondências representaram 78% do tráfego postal em 2019, enquanto que o correio editorial e a publicidade endereçada representaram 7,6% e 7,1%, respetivamente. Quanto ao peso das encomendas no total do tráfego, situou-se nos 7,3%.

A capitação postal atingiu 66,7 objetos postais por habitante e por ano, tendo diminuído 4,8 objetos face ao ano anterior.

Relativamente ao serviço universal (SU), representou 80,6% do total de objetos postais, tendo diminuído 9,1% entre 2018 e 2019, para 552,8 milhões de objetos. O peso do tráfego abrangido pelos limites do SU no total do tráfego diminui 2,1 pontos percentuais face ao ano anterior e 5 pontos em comparação com o ano de 2015. No capítulo das receitas, o SU representa 60,5% do total.

Quanto à posição dos prestadores no mercado, o grupo CTT dispunha de uma quota de cerca de 88,4% do tráfego postal total, menos 2,6 pontos percentuais em relação a 2018. Relativamente ao tráfego abrangido pelos limites do SU, o grupo CTT detinha uma quota de cerca de 97%.

Os indicadores da rede postal revelavam que, no final de 2019, existiam cerca de 14,8 mil trabalhadores afetos à exploração dos serviços postais, traduzindo um aumento de 1% do emprego total relativamente a 2018.

Em 2019, e em comparação com o ano anterior, o número de pontos de acesso diminuiu 0,6%, o número de centros de distribuição diminuiu 2,1% e a frota de veículos diminuiu 4,2%. Esta diminuição dos pontos de acesso da rede tem subjacente uma diminuição do número de postos de correios de 0,8%, em simultâneo com um aumento do número de estações de correio dos CTT de 0,2% – em 2019 verificou-se uma inversão da tendência de diminuição do número de estações de correio que vinha de 2014.

Quanto aos outros meios materiais (pertencentes na totalidade à concessionária do SU), verificou-se um ligeiro aumento homólogo do número de apartados e diminuição do número de marcos de correio (-0,2%), do número de máquinas automáticas de venda de selos (-4,9%) e do número de postos onde apenas se podem adquirir selos (-0,2%).


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