Inquérito ao consumo dos serviços de comunicações electrónicas - 2008


Já se encontra disponível o relatório com os principais resultados do último inquérito ao consumo dos serviços de comunicações electrónicas, realizado com o objectivo de aferir o nível de utilização e a percepção dos utilizadores residenciais sobre a qualidade destes serviços em Portugal. Este inquérito foi desenvolvido pela ANACOM e pela TNS-Euroteste, entre 5 de Novembro e 29 de Dezembro de 2008.

Dos seus principais resultados destacam-se os 16,2 por cento de indivíduos com 15 ou mais anos subscritores de quatro serviços de comunicações electrónicas (serviços telefónicos fixo e móvel, serviço de acesso à Internet e serviço de TV por subscrição), sendo que a conjugação mais frequente inclui a banda larga fixa e representa 13,1% dos indivíduos em análise.

Verificou-se, contudo, que a opção mais frequente dos inquiridos recaiu sobre a utilização de um único serviço de comunicações electrónicas (com 20,3% a utilizar apenas o serviço telefónico móvel e 12,6% somente o serviço telefónico fixo). O estudo identificou ainda 6,3% de indivíduos, com 15 ou mais anos, que não subscreve qualquer serviço de comunicações electrónicas.

De acordo com a informação recolhida, a penetração das ofertas multiple play atingiu, em Dezembro de 2008, 23,5% dos agregados familiares por comparação com 17,4 por cento no ano anterior. Entre elas, tem primazia a oferta triple play, utilizada em 34,9 por cento dos agregados. E, de acordo com os inquiridos, quase 46% dos agregados familiares acedem à Internet, na sua grande maioria em banda larga, correspondendo a penetração da banda larga fixa a 29,7 por cento dos agregados e a da banda larga móvel a 12,0 por cento.

A possibilidade de seleccionar o operador em cada chamada efectuada (selecção chamada-a-chamada) é utilizada por 5,1% dos inquiridos que são clientes do serviço telefónico fixo e a pré-selecção de operador é utilizada por 3,8%.

Em termos de satisfação, constata-se que os utilizadores do serviço telefónico móvel e do serviço de TV por subscrição apresentam um nível de satisfação médio de 7,3 e 7,2, respectivamente, numa escala de 1 (muito insatisfeito) a 10 (muito satisfeito). Já a classificação média obtida pelo serviço de acesso à Internet foi de 7,0, tendo-se verificado uma satisfação média quanto à velocidade do serviço de 6,8.

O estudo contém capítulos adicionais sobre as seguintes matérias: o perfil do consumidor, em diferentes vertentes; os factores associados à escolha e mudança de prestador (com o serviço telefónico fixo a registar a taxa de mudança mais elevada, logo seguido do serviço de acesso à Internet); e as reclamações (em que surge à cabeça, com a maior taxa de reclamação, o serviço de acesso à Internet, que é também o que tem o nível médio de satisfação mais baixo associado à resolução das reclamações efectuadas).

A metodologia utilizada, o universo do inquérito foi constituído por indivíduos com 15 ou mais anos, residentes em Portugal Continental ou nas Regiões Autónomas da Madeira ou dos Açores, tendo sido realizadas 3600 entrevistas presenciais.

Os resultados foram reequilibrados para o universo de indivíduos e agregados familiares mediante a utilização de ponderadores. O ponderador dos indivíduos foi construído de forma a garantir a estrutura sociodemográfica da população portuguesa com 15 ou mais anos residente em alojamentos privados em Portugal e o ponderador do agregado familiar foi construído de forma a garantir a estrutura sociodemográfica da totalidade dos lares portugueses. Este processo baseou-se nos Censos de 2001 do INE.


Consulte: