Requisitos finais apresentados por Portugal


/ Atualizado em 05.04.2006

Requisitos apresentados no âmbito da RRC-06

Apêndice 1 - Cobertura DVB-T Nacional (MFN)

Apêndice 2 - Cobertura DVB-T Distrital

Apêndice 3 - Cobertura DVB-H 

Conclusão


Requisitos apresentados no âmbito da RRC-06

Após consulta aos operadores potencialmente interessados, os requisitos finais enviados por Portugal no dia 31 de Outubro de 2005, nas duas faixas de frequências a planear durante a Conferência, que mereceram a concordância por parte da tutela, foram os seguintes:

Faixa 174 - 230 MHz

Esta faixa (III), actualmente utilizada pela TV analógica e T-DAB (só a nível europeu) poderá no âmbito do novo Plano ser planeada para utilizações de T-DAB e DVB-T; está canalizada a 7 MHz, dispondo portanto de 8 canais radioeléctricos (5 a 12). No entanto, a largura de faixa das emissões de T-DAB e DVB-T é distinta, sendo que para T-DAB cada canal radioeléctrico de 7 MHz comporta 4 mutliplexer's, enquanto que em DVB-T cada canal comporta apenas um multiplexer. Concluindo, nesta faixa poderão ser planeados no limite 32 blocos de T-DAB (caso se pretenda apenas T-DAB) ou, em alternativa, 8 canais de DVB-T (caso se pretenda apenas DVB-T), ou naturalmente um compromisso entre canais de DVB-T e de blocos de T-DAB.

Através do Acordo de Wiesbaden, realizado em 1995 no âmbito da CEPT, estão atribuídas a Portugal duas coberturas de T-DAB, nesta faixa. Uma de âmbito nacional, em rede de frequência única (SFN) no bloco 12B, actualmente em funcionamento e explorada pela RDP e uma outra de âmbito regional, composta por 5 regiões no continente, em redes SFN nos blocos 11C, 11D e 12 C. Esta rede regional foi já posta a concurso em 1999, não tendo havido, no entanto, interessados na sua exploração.

Através de acordo bilateral com a administração espanhola, estão planeadas, igualmente para T-DAB, mais duas coberturas de âmbito nacional em SFN, nos blocos 7C e 10A, e mais duas coberturas de âmbito regional nos blocos 7B, 7D, 8B, 8C, 9B, 10B e 10D. Estas coberturas, não estão incluídas no Acordo de Wiesbaden e só poderão ser postas em funcionamento após o fecho da TV analógica.

Requisitos apresentados

Tendo em conta o plano bilateral acordado com Espanha que prevê três coberturas nacionais e três coberturas regionais para uso de T-DAB foram apresentados os seguintes requisitos à UIT:

  • 3 coberturas nacionais de T-DAB - uma delas está já atribuída à RDP. A segunda cobertura poderia vir a suportar operadores de âmbito nacional, ficando assim capacidade disponível para cerca 12 programas. A utilização da 3ª cobertura no bloco 7C poderá ser equacionada posteriormente, tendo em conta o desenvolvimento do T-DAB e a possibilidade de a transformar em utilizações de DVB-T;
     
  • 3 coberturas regionais de T-DAB - duas coberturas regionais permitem a existência de cerca de 50 rádios com uma cobertura bastante alargada. Pensa-se que estas duas coberturas preencherão as necessidades de Portugal, uma vez que existem ainda coberturas adicionais planeadas na banda L, fundamentalmente para as rádios locais, o que em conjunto possibilitará a migração de todas as rádios para a tecnologia digital. Quanto à 3ª cobertura, a sua efectiva utilização, nomeadamente as adjudicações nos blocos 7B e 7D, poderá ser equacionada posteriormente, tendo em conta o desenvolvimento do T-DAB e a possibilidade de as transformar em utilizações de DVB-T;
     
  • 1 cobertura móvel /portátil de DVB-T - para implementação ao longo dos principais eixos viários.

Esta última cobertura justifica-se nesta faixa pois, apesar das dimensões das antenas de recepção serem maiores, é mais apropriada para coberturas de DVB-T para recepção móvel em veículos, principalmente devido à menor influência do efeito de Doppler e à menor intensidade de campo necessária.

Faixa 470 - 862 MHz

Esta faixa (IV e V), irá ser planeada apenas para utilizações de DVB-T, dispondo de 49 canais radioeléctricos distintos (21 a 69). Actualmente a TV analógica utiliza intensamente os canais 21 a 64 (excepto o canal 60), estando os restantes canais (60, 65 a 69) planeados para DVB-T, enquadrando os cenários possíveis para o lançamento da TV digital.

Requisitos apresentados

Tendo como objectivo adoptar uma estratégia que permita obter alguma flexibilidade e por forma a se poder enquadrar vários cenários futuros, adaptando o que ficar inscrito no Plano ao que se pretender efectivamente realizar em Portugal, foram definidos, para além das 3 coberturas nacionais em redes de frequência única nos canais 60, 67 e 69, mais três tipos de cobertura a planear:

  • Cobertura de âmbito nacional em redes multifrequência (MFN) - PDF Apêndice 1. As adjudicações, que no seu total perfazem o território nacional, foram dimensionadas para um círculo de raio de cerca de 67 km, a que corresponde o intervalo de guarda de ¼ no modo 8k e foram estabelecidas tendo por base a localização dos principais centros emissores das redes analógicas. A escolha de redes MFN justifica-se pelo facto de este tipo de redes não ser tão exigente em termos técnicos, com óbvias consequências a nível económico, em comparação com as redes de frequência única. Como estas redes só poderão ser implementadas após o 'fecho' da analógica, não haverá nessa altura os constrangimentos de espectro que hoje existem e que impõem a utilização de redes SFN;
     
  • Cobertura de âmbito distrital em redes MFN - PDF Apêndice 2. Este tipo de cobertura justifica-se, pois poderá haver vontade política de 'abrir' no futuro, o exercício da actividade televisiva, a serviços de programas de índole regional/distrital; e
     
  • Coberturas de âmbito nacional para recepção móvel/portátil por parte de equipamentos terminais portáteis (DVB-H), em redes MFN -  PDF Apêndice 3. Existe em toda a Europa um crescente interesse quer por parte de radiodifusores, quer por parte de operadores móveis por esta tecnologia, o que justifica a apresentação de requisitos para este tipo de coberturas. As adjudicações, que no seu total perfazem o território nacional, foram dimensionadas para um círculo de raio de cerca de 33 km, a que corresponde o intervalo de guarda de ¼ no modo 4k e foram estabelecidas tendo por base a localização de estações de radiodifusão já existentes no país.

Tendo em conta que o número de coberturas a apresentar deverá 'consumir' parte significativa do espectro a planear, de forma a não descurar o princípio do acesso equitativo ao espectro que a Conferência irá adoptar, foram apresentados os seguintes requisitos:

  • 3 coberturas de âmbito nacional, que poderão ser implementadas de imediato, em redes SFN, nos canais 60, 67 e 69;
  • 1 cobertura de âmbito distrital, que só poderá ser implementada após o fecho da televisão analógica, em redes MFN;
  • 3 coberturas de âmbito nacional que só poderão ser implementadas após o fecho da televisão analógica, em redes MFN; e
  • 3 coberturas para DVB-H de âmbito nacional que só poderão ser implementadas após o fecho da televisão analógica, em redes MFN.

Conclusão

Em resumo, os requisitos finais apresentados à UIT no âmbito da RRC-06 foram os seguintes:

Faixa 174-230 MHz

- 3 coberturas de T-DAB nacionais;
- 3 coberturas de T-DAB regionais;
- 1 cobertura móvel/portátil de DVB-T ao longo dos principais; e
- eixos viários.

Faixa 470 - 862 MHz

- 3 coberturas de âmbito nacional em SFN nos canais 60, 67 e 69;
- 1 cobertura de âmbito distrital, em MFN;
- 3 coberturas de âmbito nacional, em redes MFN; e
- 3 coberturas para DVB-H de âmbito nacional, em MFN.