2.4. Questão 4 - Alteração do canal de emissão dos emissores da rede SFN, localizados no interior das zonas de cobertura dos emissores da rede overlay do Monte da Virgem e da Lousã


Comentários recebidos

 
4SAT

Esta entidade concorda com as considerações efetuadas, no entanto parece-lhes um cenário com algumas incertezas de cobertura associadas e como tal, assumindo que este cenário terá impacto na população e na imagem do serviço TDT, é da opinião que o cenário 5.1.5 será o aconselhável para uma resolução definitiva.

Abílio Azevedo

Abilio Azevedo refere que a solução deve passar pela calibração cuidadosa das antenas e das potências dos emissores, bem como pela sincronização dos emissores e correto dimensionamento dos atrasos na modulação.

Afonso Anjos

Este respondente concorda, presumindo que o ICP-ANACOM se esteja a referir ao sistema DVB-T2, nos custos, visto que o DVB-T2 é compatível com o DVB-T, mas não o inverso. Considera pois, que esta solução irá reduzir auto interferências.

António Maranhão

António Maranhão afirma que não lhe parece que este cenário seja a solução para o problema, uma vez que não considera a existência da rede overlay uma solução.

APR

A APR concorda com as considerações efetuadas, salientando ser este um cenário com maior eficiência espectral, quando comparado com o da Questão 5, alertando ainda para a necessidade de salvaguardar-se uma rede DVB-T de âmbito regional (distrital), ou local, a fim de se assegurarem as expetativas e necessidades dos operadores de radiodifusão sonora.

Blogue TDT em Portugal

Esta entidade concorda com as considerações efetuadas, mas considera que a informação disponível é insuficiente para avaliar devidamente a adoção deste cenário, não se conhecendo, em concreto, quais os emissores no canal 56 que teriam de alterar para o canal 42 ou 46. Por outro lado e caso se adote este cenário, defende a divulgação atempada de informação, a existência de períodos de simulcast, coordenação com Espanha e a introdução de uma oferta mais alargada de serviços de programas para se acautelar nova “fuga” para a TV paga.

Daniel Santos

Daniel Santos concorda com as considerações efetuadas, referindo, no entanto, que este cenário não resolve os problemas da rede SFN no resto do país, apenas os problemas dentro da zona de cobertura dos emissores Lousã e Monte da Virgem.

Eliseu Macedo

Este respondente concorda genericamente com as considerações efetuadas, mas afirma que esta solução não tem em conta a faixa costeira a Sul de Lisboa assim como o Algarve, zonas onde os fenómenos de propagação a longa distância são também muito frequentes, e nas quais é necessário urgentemente efetuar-se uma reestruturação da rede TDT.

[IIC]  [FIC]

Este respondente concorda genericamente com as considerações efetuadas, considerando no entanto, que se voltaria a repetir o mesmo erro da SFN nacional, embora agora a nível regional, e sem ficar garantida a eliminação das auto interferências. Refere também que esta solução requereria novos ajustes na rede.

FTE Maximal Portugal

Esta entidade considera que a criação de redes SFN regionais dentro da zona de cobertura dos emissores em overlay, pode ser uma solução a adotar para minimizar alguns problemas mas apenas nestas zonas e marginalmente nas proximidades, ficando por resolver situações semelhantes em outros pontos do país. Defende ainda o alargamento da rede overlay a nível nacional utilizando algumas das estruturas existentes para colocação de alguns emissores estratégicos (rede MFN?), p.ex. no Algarve, Alentejo, Marão e Gardunha. Finalmente, refere também que o cenário ideal seria o da rede MFN, apesar dos custos.

Jorge Rego

Jorge Rego considera que este cenário não é a solução completa.

José Morais

Este respondente não concorda com esta solução, referindo que a resposta é a mesma que foi dada à Questão 3.

RTP

A RTP afirma que neste cenário a população residente nas zonas afetadas teria que voltar a sintonizar os seus equipamentos recetores, acrescentando ainda, que a RTP foi contactada por muitos telespectadores que deixaram de receber o sinal da TDT e que não sabiam da existência de um canal alternativo na zona onde residiam, desconhecendo também para onde teriam que redirecionar a antena de receção.

Raquel Madureira

Raquel Madureira concorda com as considerações efetuadas, considerando no entanto, que devem ser efetuados testes preliminares, afirmando que esta solução vai de encontro à rede MFN regional, a qual, mesmo sem o ganho de rede, é mais fácil para controlar as interferências. Considera que será de extrema importância garantir que os limites de cobertura dos canais 56 eliminados sejam completamente sobrepostos pelos sites mencionados, pois os sites existentes perto do limite de cobertura dos sites em análise, poderão estar a servir zonas que estes sites não cobrirão.

Por fim, refere também que esta solução poderia ser aplicada em Montejunto, mas numa frequência não contemplada pelo Dividendo Digital 2.

Ricardo Avó

Este respondente concorda com as considerações efetuadas, mas considera que a solução não resolve os problemas de auto interferências sentidos noutras zonas do país.

SIC

A SIC concorda com as considerações efetuadas, mas comenta que, embora a situação global deva melhorar, manter-se-ão latentes os riscos de auto interferência nas restantes zonas servidas pelo que “restar” da rede SFN.

Televés

A Televés não concorda com a adoção desta solução, afirmando que a solução deve ser uma rede MFN de pequenas SFN’s a nível nacional, apesar dos constrangimentos que irá causar à população.

WAVECOM

Concorda em parte com as considerações efetuadas, ressalvando a fragilidade deste cenário por não ter em conta a faixa costeira no Sul do país, que sofre de fenómenos de ducting causadores de interferências.

Entendimento do ICP-ANACOM
 
Mais uma vez e de uma forma geral os respondentes concordam com as considerações efetuadas pelo ICP-ANACOM no documento de consulta, considerando que esta solução apesar de melhorar a situação atual, não contempla todo o território nacional, mantendo-se os potenciais problemas nomeadamente na zona sul do País.
 
O ICP-ANACOM concorda, de uma forma geral, com os comentários produzidos por Abílio Azevedo mas, recorda que cabe ao operador o planeamento e a definição das características técnicas das estações que compõem a rede, competindo ao ICP-ANACOM o acompanhamento e monitorização do desenvolvimento e desempenho da rede.
 
O ICP-ANACOM não compreende a referência ao sistema DVB-T2 efetuada por Afonso Anjos, recordando no entanto, que esta norma implicaria a aquisição de novos recetores com todos os inconvenientes que daí adviriam para a população.
 
No que respeita à preocupação manifestada pela APR, relacionada com a salvaguarda de uma rede de âmbito distrital, remete-se para o entendimento do ICP-ANACOM no ponto 3.5 do presente relatório.
 
O ICP-ANACOM considera, que a necessidade de um período de simulcast nesse cenário, situação defendida pelo Blogue TDT em Portugal, teria de ser avaliada, uma vez que a instalação de uma 2ª rede, composta por cinquenta ou sessenta emissores, completamente sobreposta à que atualmente emite no canal 56, teria um custo muito elevado, estando em causa, apenas e só, a re-sintonização dos equipamentos para um novo canal radioelétrico.
 
O ICP-ANACOM esclarece que os canais radioelétricos atualmente em funcionamento na rede em overlay estão devidamente coordenados internacionalmente.
 
Caso esta solução viesse a ser adotada, a identificação dos emissores a alterar o seu canal de emissão seria acordada posteriormente entre o ICP-ANACOM e a PTC, mas à partida, seriam aqueles que estão no interior das zonas de cobertura dos emissores do Monte da Virgem e da Lousã.
 
O ICP-ANACOM concorda parcialmente com os respondentes Daniel Santos, Eliseu Macedo e FTE Maximal Portugal, dado que, efetivamente nas zonas de cobertura do emissor do Monte da Virgem e da Lousã os problemas ficariam resolvidos. Contudo, a existência de cerca de menos cinquenta ou sessenta emissores a emitir no canal 56, que passariam a emitir nos canais 42 ou 46, diminuiria o potencial de auto interferências em todo o território continental, nomeadamente na zona Sul do País, embora não se possa garantir que os problemas ficariam resolvidos em toda a sua extensão, nomeadamente nos períodos em que as alterações das condições de propagação fossem mais significativas.
 
No que respeita à proposta efetuada pela FTE Maximal Portugal de alargamento da rede overlay a nível nacional utilizando algumas das estruturas existentes para colocação de alguns emissores, a mesma é analisada no ponto 2.7 do presente relatório.
 
Em relação ao comentário produzido pela RTP de que muitos utilizadores desconheciam a existência de canais alternativos, remete-se para o esclarecimento desta Autoridade relativamente à questão 2, supra, em concreto, no que se refere ao plano de comunicação determinado à PTC na decisão que lhe atribuiu a licença temporária de rede.
 
No que respeita à possibilidade de aplicar esta solução igualmente ao emissor de Montejunto, mas num canal radioelétrico não abrangido pelo dividendo digital 2, como propõe Raquel Madureira, o ICP-ANACOM considera não ser de momento oportuno, pois como se teria de alterar igualmente o canal de emissão do emissor de Montejunto, o impacto causado na população seria bastante mais elevado do que no caso da Lousã e do Monte da Virgem. Esclarece-se ainda que nesta solução nenhum site seria eliminado, apenas se alteraria o seu canal de emissão do canal 56 para o canal 42 ou canal 46, consoante o caso.
 
Relativamente aos respondentes ou entidades não mencionadas nos comentários que antecedem, tal significa que o ICP-ANACOM não tem considerações sobre os respetivos contributos.