3. Áreas prioritárias de atuação para 2015-2017


Mantendo-se as prioridades estratégicas que darão suporte à atividade do ICP-ANACOM no triénio 2015-2017, considera-se adequado apresentá-las evidenciando a forma como se organizam e relacionam entre si, de acordo com o esquema que consta na Figura 2.

Figura 2 - Prioridades estratégicas do ICP-ANACOM para 2015-2017

 A Figura 2 apresenta as prioridades estratégicas do ICP-ANACOM para 2015-2017.

Apresentam-se de seguida os principais eixos de atuação (que serão posteriormente desdobrados e materializados através de ações concretas) em que o ICP-ANACOM antevê concentrar os seus esforços no período em causa, por prioridade estratégica.

• Garantir e proteger os direitos dos utilizadores e dos cidadãos:

a) Supervisionar a aplicação das condições de prestação do serviço universal (comunicações eletrónicas e serviços postais) nas suas diversas componentes;

b) Avaliar a adequação dos níveis de qualidade dos serviços prestados;

c) Monitorizar a evolução dos preços retalhistas praticados nos mercados;

d) Definir e concretizar ações no domínio da segurança e da integridade das redes e serviços de comunicações;

e) Assegurar a conformidade legal e a transparência no âmbito das práticas comerciais (incluindo as condições dos contratos) em vigor no mercado e promover a revisão de procedimentos associados;

f) Consolidar mecanismos eficazes de gestão de reclamações;

g) Promover a resolução extrajudicial de conflitos em cooperação com as entidades relevantes;

h) Melhorar a informação prestada aos utilizadores, habilitando-os a fazer escolhas, a tomar decisões mais esclarecidas e a resolver problemas com os prestadores de serviços.

• Promover mercados abertos e concorrenciais:

a) Analisar/ rever os mercados relevantes de comunicações eletrónicas, tendo em conta as regras fixadas a nível comunitário;

b) Rever as ofertas grossistas que decorrem de obrigações impostas a empresas com poder de mercado significativo nos diversos mercados relevantes;

c) Desenvolver/ aperfeiçoar sistemas de custeio regulatório e auditar resultados;

d) Concretizar ações associadas à prestação do serviço universal com impacto no mercado, nomeadamente associadas ao financiamento do serviço universal;

e) Supervisionar e acompanhar o desenvolvimento das redes de acesso de próxima geração (NGA);

f) Definir e monitorizar indicadores para análise e supervisão dos mercados;

g) Avaliar o impacto nos mercados das medidas de regulação adotadas;

h) Monitorizar e supervisionar a atividade desenvolvida pelos diversos agentes envolvidos e o cumprimento das regras em vigor.

• Garantir a eficiente gestão dos recursos públicos:

a) Analisar de forma prospetiva as tendências de utilização do espectro radioelétrico a nível internacional antecipando cenários evolutivos (dividendo digital);

b) Avaliar o desenvolvimento dos diversos serviços e as necessidades de espectro associadas;

c) Acompanhar e assegurar o cumprimento das obrigações do operador da plataforma de televisão digital terrestre (TDT);

d) Estabelecer condições adequadas no âmbito da gestão e condições de utilização da numeração.

• Promover a cooperação institucional e técnica:

a) Assegurar representação ativa nas instâncias internacionais sectorialmente relevantes (comunicações eletrónicas e serviços postais);

b) Reforçar o envolvimento no Organismo de Reguladores Europeus de Comunicações Eletrónicas (BEREC/ORECE), nomeadamente assumindo a respetiva presidência em 2015 e vice-presidência em 2016;

c) Promover o sector a nível nacional e internacional e a cooperação com outras entidades reguladoras;

d) Participar ativamente nas plataformas de colaboração entre os países de língua oficial portuguesa, com destaque para a ARCTEL (Associação de Reguladores de Comunicações e Telecomunicações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa);

e) Promover a cooperação com entidades nacionais e internacionais e garantir a coordenação de atuação com as que atuam em áreas relevantes (gestão do espectro, defesa do consumidor, segurança nas comunicações);

f) Promover a divulgação dos regimes legais e regulamentares aplicáveis sectorialmente;

g) Promover a coordenação das entidades envolvidas no planeamento, construção e manutenção de infraestruturas, incluindo a gestão do sistema de informação centralizado (SIC).

• Promover a eficiência e a eficácia internas:

a) Implementar medidas de racionalização de gastos com garantia da eficiência;

b) Melhorar/ desmaterializar/ simplificar processos internos;

c) Automatizar procedimentos e alargar a prestação de serviços online;

d) Investir na formação e garantir a excelência dos recursos humanos;

e) Promover uma cultura organizacional mais aberta à mudança.