Analisando a penetração dos serviços por sector de atividade, verifica-se que existem diferenças significativas associadas à própria natureza das atividades desenvolvidas.
A penetração do serviço telefónico em local fixo atinge valores superiores a 93 por cento na generalidade dos sectores. A exceção é o sector da construção no qual a penetração do STF é de 84,5 por cento (cresceu 14,5 pontos percentuais desde 2012).
Situação semelhante ocorre no caso da Internet fixa, com penetrações próximas de 90 por cento em todos sectores, enquanto que o sector da construção apresenta uma penetração de 85,3 por cento.
No entanto, o sector da construção registou a taxa de penetração mais elevada, tanto no caso do serviço telefónico móvel (96,6 por cento), como no caso da Internet móvel (62 por cento). Destaca-se, assim, claramente dos restantes sectores que apresentam penetrações próximas de 90 por cento no caso do STM, e entre 50 e 55 por cento no caso da Internet móvel.
A TVS é subscrita sobretudo pelo “outros serviços”1 (34 por cento), onde se integra a atividade de “alojamento, restauração e similares”.
Gráfico 2 - Posse de serviços por sector de atividade
Unidade: %.
Fonte: ICP-ANACOM, Inquérito ao Consumo das Comunicações Eletrónicas, PME, dezembro 2014
Base: Total de empresas com menos de 250 pessoas ao serviço de acordo com o sector de atividade em causa
Nota 1: Significado da sinalética das estimativas: (#) Estimativa não fiável; (*) Estimativa aceitável; (sem sinalética) Estimativa fiável. Os mínimos apresentados têm em conta somente as estimativas fiáveis e aceitáveis, podendo existir valores ainda mais baixos associados às estimativas não fiáveis (#) cujo coeficiente de variação é superior ou igual a 25 por cento.
Nota 2: STF - Serviço telefónico fixo; STM - Serviço telefónico móvel; SAIF - Serviço de acesso à Internet fixa; SAIM - Serviço de acesso à Internet móvel; STVS - TV por subscrição.
Na maioria dos sectores considerados, a penetração da Internet entre as empresas portuguesas é muito elevada encontrando-se nos primeiros lugares do ranking da UE28. As exceções são os sectores da indústria transformadora e da construção que, embora apresentem taxas de penetração elevadas (96 por cento), se encontram na 20ª e 17ª posições do ranking, respetivamente.
|
UE28 (%) |
Portugal (%) |
Ranking PT na UE28 |
Desvio face UE28 (p.p) |
C - Indústrias transformadoras |
97 |
96 |
20º |
-1 |
D+E - Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio. Captação, tratamento e distribuição de água; saneamento, gestão de resíduos e despoluição |
98 |
100 |
1º |
2 |
F - Construção |
97 |
96 |
17º |
-1 |
G - Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos |
97 |
99 |
8º |
2 |
H - Transportes e armazenagem |
97 |
100 |
1º |
3 |
I - Alojamento, restauração e similares |
99 |
100 |
1º |
1 |
J - Atividades de informação e de comunicação |
99 |
100 |
1º |
1 |
L - Atividades imobiliárias |
93 |
100 |
1º |
7 |
M - Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares |
99 |
100 |
1º |
1 |
N - Atividades administrativas e dos serviços de apoio |
96 |
100 |
1º |
4 |
Unidade: %, p.p.
Fonte: Eurostat, European ICT survey: "Information and Communication Technologies in enterprises", 2014.
Base: Empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço de acordo com o respetivo sector de atividade.
Notas
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1 Os “outros serviços” incluem as seguintes secções: H (transportes e armazenagem), I (alojamento, restauração e similares), J (atividades de informação e de comunicação), K (atividades financeiras e de seguros), L (atividades imobiliárias), M (atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares) e N (atividades administrativas e dos serviços de apoio).