Constrangimentos:
O acesso às infra-estruturas de telecomunicações, em matéria de custo e velocidade de transmissão de dados, principalmente para as PME localizadas em zonas não urbanas, é apontado como o maior obstáculo à prática do comércio electrónico. No entanto, existem outras dificuldades quer ao nível da oferta de serviços, pouco disseminada a nível regional e local, como do desconhecimento da legislação aplicável a este sector.
O financiamento da prática do comércio electrónico, a par do desconhecimento de práticas de marketing electrónico e respectiva adaptação às cadeias de valor dos diversos produtos e serviços, são apontados igualmente como dificuldades.
Grande parte das PME consideram essencial a participação do Estado na digitalização das suas operações e comunicações com as empresas.
Acções propostas:
Iniciativas públicas: destaque para a 'PME Digitalhttp://www.poe.min-economia.pt/3000/3190_main1.htm', no quadro do Plano Operacional da Economia, visando dinamizar a participação das PME na economia digital, e os projectos aprovados no âmbito das 'Cidades Digitais', inserido no eixo 'Portugal Digital' do Plano Operacional da Sociedade da Informaçãohttp://www.fct.mctes.pt/pt/programasinvestimento/posi/posifiles/posi.html.
Infra-estruturas e e-coesão: a tónica é colocada na importância das infra-estruturas de banda larga em regiões não urbanas, salientando-se o papel dos operadores na apresentação de ofertas que respondam às necessidades do tecido empresarial.
Internacionalização: dada a baixa presença das PME nacionais em motores de busca, portais e praças electrónicas estrangeiras, será de contemplar a realização de campanhas de divulgação das PME nacionais nessas plataformas digitais estrangeiras, nacionais, regionais, sectoriais (para mais informações, pode ser consultado o relatório sobre 'Benchmarking national and regional e-business policies for SME', da Direcção Geral da Empresa da Comissão Europeia).
Acções regionais: destaque para a acção das associações empresariais, pretendendo-se o aproveitamento de sinergias que possam ser criadas entre os associados e parceiros internacionais dessas associações, através da promoção do conhecimento das vantagens do negócio electrónico.
Acções sectoriais: considerando os diferentes níveis de adesão ao comércio electrónico por parte dos vários sectores empresariais nacionais, será necessário um maior emprenho das entidades públicas e das associações empresariais, visando uma maior participação de empresas de sectores não tão familiarizados com o comércio electrónico (para mais informações, pode ser consultado o sítio do 'The European e-Business Market Watchhttp://www.ebusiness-watch.org/marketwatch/', da Direcção Geral da Empresa da Comissão Europeia).
Praças electrónicas: depois do aparecimento de vários portais e praças electrónicas, tanto de carácter horizontal como vertical, não foram ainda atingidos os níveis de adesão previstos, uma vez que as PME pretendem participar em praças electrónicas directamente relacionadas com o seu sector de actividade (para mais informações, pode ser consultado o estudo 'Os E-marketplaces - estratégias de selecção de portais B2B', da Escola de Gestão do Porto e Digital Partners).
Cooperação electrónica: tendo em conta que os mercados electrónicos contribuem para a integração e a visibilidade dos que neles participam, será de promover a criação de praças electrónicas regionais para a promoção de produtos e serviços de uma determinada região (exemplos como www.andalucia.orghttp://www.andalucia.org/, http://www.algarve.comhttp://www.algarve.com e http://www.vitrocristal.pt, entre outros).
Oferta de serviços electrónicos: as PME sentem que a disseminação da oferta de tecnologias da informação e de comunicações no território nacional não se coaduna com as necessidades locais, pelo que é desejável que se proceda, entre outras medidas, ao esforço promocional de soluções de suporte ao comércio electrónico, utilizando canais de distribuição regional e local.