Fibra ótica cresce 17,4% e torna-se principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa no final de 2019


No final de 2019, mais de metade dos acessos à internet em banda larga fixa era feita através de fibra ótica (FTTH), 50,6% (compara com 45,2% no final de 2018).  O número de acessos nesta tecnologia atingiu os dois milhões de acessos, mais 17,4% ou 297 mil novos acessos face ao ano anterior.

A fibra foi a forma de acesso que mais contribuiu para que o número total de acessos de banda larga fixa tivesse crescido 4,8% (mais 183 mil acessos) em 2019, tendo atingido 3,97 milhões. Os acessos suportados em redes de TV por cabo também aumentaram, 1,3% (mais15 mil acessos) em 2019. Em contrapartida, intensificou-se a tendência de queda dos acessos através de ADSL, que registaram uma quebra de 20,4% face ao período homólogo, o que corresponde a menos 124 mil acessos. Também os acessos suportados em LTE em local fixo diminuíram, caindo 2,2% (menos 6 mil acessos).

Sendo a fibra ótica a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa (50,6% no final de 2019), as restantes formas distribuíam-se do seguinte modo: modem por cabo (30,1%), ADSL (12,2%) e LTE em local fixo (7%)

Analisando o tráfego, verifica-se que a média mensal na Internet fixa aumentou 22,5% em comparação com o ano anterior, tendo atingido 131,2 GB/mês em 2019. A tendência de aumento do volume de tráfego acentuou-se a partir de meados de 2016, facto que poderá estar associado ao lançamento de aplicações de vídeo streaming (p.ex. Netflix, NPlay, FOXPlay, Amazon Prime Video, HBO Portugal). No total, o tráfego de acesso à Internet em banda larga fixa cresceu 29,1% em 2019, atingindo 5,96 milhões de TB.

O crescimento do número de acessos refletiu-se positivamente na taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa, que subiu para 80,6 por 100 famílias clássicas no final de 2019, mais 4,3 pontos percentuais do que no ano anterior.

Relativamente à estrutura dos mercados do serviço em análise, existem quatro entidades com quotas de subscritores relevantes: a MEO (40,3%), o Grupo NOS (35,7%), a Vodafone (20%) e o Grupo NOWO/Onitelecom (3,7%). Face a 2018, a Vodafone foi o prestador cuja quota de acessos mais aumentou em termos relativos (mais 0,8 pontos percentuais). A quota da NOS diminuiu 0,9 pontos.

A MEO foi também o principal prestador de Internet suportada em FTTH e em ADSL, tendo alcançado no final do ano quotas de 55,9% e de 89,5%, respetivamente. O Grupo NOS foi o principal prestador de acesso à Internet suportado em redes de TV por cabo (87,8%) e de redes móveis em local fixo (64,1%).

Caso se considerem apenas os acessos residenciais, a MEO dispunha da quota de subscritores mais elevada (38,7%), seguindo-se o Grupo NOS (38%) e a Vodafone (19%). As quotas da Vodafone e da MEO aumentaram 0,9 e 0,6 pontos, respetivamente, enquanto que a quota da NOS diminuiu 1,4 pontos percentuais.


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