Tráfego postal desce 2,3% no 1.º trimestre de 2022


O tráfego postal diminuiu 2,3% no 1.º trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior. Estima-se que a pandemia tenha provocado uma diminuição de 10,8% no tráfego do 1.º trimestre 2022.

Por tipo de objeto, o tráfego das correspondências, do correio editorial e de encomendas caiu 1,2%, 2,4% e 10,6%, respetivamente, enquanto o tráfego de publicidade endereçada aumentou 0,5%.

O tráfego internacional de entrada, que representava cerca de 5% do total de tráfego postal, diminuiu 27,9% em relação ao trimestre homólogo.

No final do 1.º trimestre de 2022, as correspondências representaram 74,7% do tráfego postal, enquanto o correio editorial e a publicidade endereçada representaram 7,1% e 7,0% respetivamente. O peso das encomendas no total do tráfego situou-se nos 11,2%, menos 1,0 ponto percentual (p.p.) quando comparado com o mesmo período de 2021. Em termos de receitas, o peso relativo das encomendas foi de 41,2%, menos 2,8 p.p. do que no trimestre homólogo.

Os serviços postais compreendidos no âmbito do serviço universal (SU) foram responsáveis por cerca de 81,5% do tráfego e 52,5% das receitas. O tráfego de SU desceu 1,0%, no entanto o seu peso no total do tráfego aumentou 1,0 p.p. em comparação com o 1T2021. As receitas do SU aumentaram 3,4% e o seu peso no total aumentou 2,8 p.p.

As receitas geradas pelos prestadores legalmente habilitados para a prestação de serviços postais totalizaram cerca de 175,8 milhões de euros, menos 2,2% do que no trimestre homólogo. Esta diminuição deveu-se à evolução das receitas de encomendas, que diminuíram 8,4%, e em menor medida à diminuição das receitas da publicidade endereçada (-11,9%).

A receita média por objeto aumentou 0,1% face ao 1.º trimestre de 2021, tal como vem acontecendo desde 2018. Neste trimestre o aumento ocorrido resultou, entre outros fatores, do crescimento da receita unitária das correspondências que influenciado pelo aumento de preços promovido pelos CTT em 1 de abril de 2021.

Embora os efeitos da pandemia ainda se tenham feito sentir no 1.º trimestre de 2022, com a eliminação gradual das restrições à circulação ao longo de 2021 o tráfego postal parece ter iniciado um processo de recuperação do choque provocado pela pandemia.

O grupo CTT dispunha de uma quota de cerca de 84,9% do tráfego postal, menos 0,6 p.p. do que no 1.º trimestre de 2021. Relativamente ao tráfego abrangido pelos limites do SU, o grupo CTT detinha uma quota de cerca de 90,8%, mais 0,6 p.p. do que no mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a quota de encomendas do Grupo CTT atingiu 47,2% (-4,4 p.p. do que no trimestre homólogo).

No período em análise, contabilizaram-se cerca de 14,8 mil trabalhadores afetos à exploração dos serviços postais, 71,3% dos quais colaboradores do Grupo CTT. O número de trabalhadores aumentou 0,2% relativamente ao trimestre homólogo, impulsionado principalmente pela atividade dos prestadores alternativos.

Neste trimestre os pontos de acesso aumentaram (+2,8%), enquanto os centros de distribuição (-3,6%) e os veículos (-5,5%) diminuíram.

O número de estações de correio dos CTT aumentou 1,4%, em relação ao trimestre homólogo, mantendo-se a tendência de crescimento que se iniciou em 2019, enquanto a evolução negativa dos postos de correio se inverteu e o seu número aumentou 0,2%.

Resumo gráfico dos serviços postais no 1.º trimestre de 2022


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