Número de clientes do serviço telefónico fixo aumentou 1,9% no 1.º trimestre de 2022


No 1.º trimestre de 2022, o número de clientes do serviço telefónico fixo na modalidade de acesso direto era de cerca de 4,3 milhões, mais 82 mil (+1,9%) do que mesmo período de 2021. O crescimento registado é consistente com a tendência histórica estimada e está associado à continuada penetração das ofertas em pacote que integram telefonia fixa.

A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,7 acessos por 100 habitantes. A taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais ascendeu a 94,4 por 100 agregados domésticos privados, menos 0,4 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre homólogo. A redução ocorrida resultou do facto da taxa de crescimento dos acessos residenciais ter sido inferior à taxa de crescimento dos alojamentos domésticos privados.

O parque de acessos telefónicos principais atingiu 5,3 milhões de acessos equivalentes, mais 112 mil acessos do que no trimestre homólogo. O crescimento verificado (+2,1%), deveu-se ao aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo (+317 mil acessos).

No 1.º trimestre de 2022, os acessos suportados em redes de nova geração (FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo), representaram 85,5% dos acessos telefónicos, e aumentaram o seu peso em 3,6 p.p. em relação ao trimestre homólogo do ano anterior.

O número de postos públicos instalados era de cerca de 13,7 mil, verificando-se uma queda de 13,6% face ao mesmo período de 2021, a maior desde 2012.

No período em análise, o volume de minutos originado na rede fixa diminuiu 19,3% em relação ao trimestre homólogo. A diminuição verificada contrasta com o aumento verificado no 1.º trimestre de 2021 (+4,6%), trimestre em que se faziam sentir os efeitos da pandemia de COVID-19.

A pandemia provocou uma inversão da tendência de descida do tráfego que se vinha verificando desde 2013. No 1.º trimestre de 2022, a diminuição verificada resultou da redução do efeito da COVID-19 sobre o tráfego telefónico fixo, eventualmente na sequência da eliminação das principais restrições associadas ao combate a esta doença. Estima-se que o efeito da COVID-19 sobre o tráfego médio por acesso tenha sido +32,6% no 1.º trimestre de 2021 e de +18,1% no 1.º trimestre de 2022.

Por tipo de chamada, a diminuição ocorrida deveu-se sobretudo à redução do tráfego fixo-fixo (-23,6%) e, em menor medida, à redução do tráfego fixo-móvel (-14,2%), do tráfego nacional para números curtos e números não geográficos (-27,9%) e do tráfego internacional de saída (-18,1%). No mesmo trimestre do 2021, o tráfego fixo-fixo e o tráfego fixo-móvel tinham aumentado 0,7% e 30,5%, respetivamente.

No trimestre em análise foram consumidos, em média, por mês, 57 minutos por acesso, dos quais 37 minutos em chamadas fixo-fixo, 10 minutos em chamadas fixo-móvel e 2 minutos em chamadas internacionais. Em comparação com o mesmo trimestre de 2021, foram consumidos mensalmente menos 15 minutos por acesso (-21,0%).

A quota de clientes de acesso direto da MEO atingiu 41,8%, seguindo-se o Grupo NOS com 34,5%, a Vodafone com 20,1% e a NOWO com 2,8%. As quotas de clientes de acesso direto da NOS, NOWO e MEO diminuíram 0,5, 0,3 e 0,2 p.p., respetivamente, tendo a quota da Vodafone aumentado 0,8 p.p. O nível de concentração diminuiu ligeiramente, mantendo-se elevado.

Resumo gráfico do serviço telefónico fixo no 1.º trimestre de 2022.

Postos públicos com maior queda desde 2012


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