Número de clientes do serviço telefónico fixo aumentou 2% no 1.º semestre de 2022


No 1.º semestre de 2022, o número de clientes do serviço telefónico fixo na modalidade de acesso direto era de cerca de 4,3 milhões, mais 85 mil (+2%) do que no primeiro semestre de 2021. O crescimento registado é consistente com a tendência histórica estimada e está associado à continuada penetração das ofertas em pacote que integram telefonia fixa.

A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais foi de 51,9 acessos por 100 habitantes. A taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais ascendeu a 95 por 100 famílias, mais 1,8 pontos percentuais (p.p.) do que no semestre homólogo de 2021.

O parque de acessos telefónicos principais atingiu 5,4 milhões de acessos equivalentes, mais 115 mil acessos do que no semestre homólogo. O crescimento verificado (+2,2%), deveu-se ao aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica e televisão por cabo (+302 mil acessos).

No período em análise, os acessos suportados em redes de nova geração (FTTH, redes de televisão por cabo e redes móveis em local fixo) representaram 88,6% dos acessos telefónicos e aumentaram o seu peso em 3,2 p.p. em relação ao mesmo semestre do ano anterior. O número de acessos fixos suportados em redes móveis (415 mil), apesar de ter diminuído neste semestre, ultrapassou o número de acessos analógicos (400 mil).

O número de postos públicos instalados era de cerca de 13,4 mil, verificando-se uma queda de 8,9% face ao 1.º semestre de 2021.

No 1.º semestre de 2022, o volume de minutos originado na rede fixa diminuiu 18,1% em relação ao semestre homólogo. Esta diminuição foi superior à diminuição verificada no 1.º semestre de 2021 (-7,6%), período em que mais se fizeram sentir os efeitos da pandemia de COVID-19.

A pandemia provocou uma inversão da tendência de descida do tráfego que vinha a verificar-se desde 2013. Estima-se que no período em análise tenha existido uma redução do seu efeito sobre o tráfego telefónico fixo, eventualmente na sequência da eliminação das principais restrições associadas ao combate a esta doença. Estima-se que o efeito da COVID-19 sobre o tráfego médio por acesso tenha sido de +25,1% no 1.º semestre de 2021 e de +13,3% no 1.º semestre de 2022.

Por tipo de chamada, a diminuição ocorrida deveu-se sobretudo à diminuição do tráfego fixo-fixo ( 22,2%) e, em menor medida, à redução do tráfego fixo-móvel (-14,8%), do tráfego nacional para números curtos e números não geográficos (-29,7%) e do tráfego internacional de saída (-19,4%). No período homólogo, o tráfego fixo-fixo tinha diminuído 10,8% e o tráfego fixo-móvel tinha aumentado 16,2%.

No período em análise, foram consumidos, em média, por mês, 54 minutos por acesso, dos quais 36 minutos em chamadas fixo-fixo, 9 minutos em chamadas fixo-móvel e 2 minutos em chamadas internacionais. Em comparação com o 1.º semestre de 2021, foram consumidos mensalmente menos 13 minutos por acesso (-19,8%).

A quota de clientes de acesso direto da MEO atingiu 41,8%, seguindo-se o Grupo NOS com 34,5%, a Vodafone com 20,3% e a NOWO com 2,8%. A quota de clientes de acesso direto da NOS diminuiu 0,4 p.p., enquanto as quotas da NOWO e da MEO diminuíram 0,2 p.p. cada uma. Por outro lado, a quota da Vodafone aumentou 0,8 p.p. O nível de concentração diminuiu ligeiramente, mantendo-se elevado.

Resumo gráfico do serviço telefónico fixo no 1.º semestre de 2022.

Postos públicos - resumo gráfico no 1.º semestre de 2022.


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