NET.mede - 2.º trimestre de 2023



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SUMÁRIO EXECUTIVO

TESTES NO NET.MEDE

176 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o 2T2023, sobretudo em acessos fixos

No 2T2023, foram realizados no NET.mede cerca de 176 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 1933 testes diários), menos 4% que no trimestre anterior e que no trimestre homólogo.

Cerca de 65% dos testes realizados foram através de acessos fixos residenciais e 27% de acessos móveis. A diminuição do número de testes face ao trimestre anterior (-4%) resultou sobretudo da diminuição do número de testes realizados através de acessos fixos residenciais (-4,6 mil ou -4%) e do número de testes através de acessos fixos não residenciais (-1,1 mil ou -9%).

Os testes em acessos fixos residenciais mantiveram uma maior utilização entre as 16 e as 22 horas. No caso dos acessos móveis, as horas com maior número de testes registaram-se no período da manhã (10-11 horas) e no período da tarde (15-16 horas).

Testes à velocidade realizados em quase todos os concelhos

No 2T2023, apenas três concelhos não registaram testes em acessos fixos residenciais e a maioria dos concelhos (285 em 308 concelhos) registaram testes em acessos móveis.

A Área Metropolitana de Lisboa (A.M. Lisboa), em especial o concelho de Lisboa, foi a região onde se verificou um maior número de testes em acessos fixos residenciais e em acessos móveis, seguindo-se a região Norte.

RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS

Valor mediano da velocidade de download atingiu 182 Mbps nos acessos fixos, situando-se nos 60 Mbps na rede móvel 5G

Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o 2T2023 apurou-se:

Resultados dos testes efetuados no 2.º trimestre de 2023.

Os resultados medianos seriam melhores nos acessos móveis caso se considerassem somente os testes dos acessos com ligação direta à rede móvel realizados na App (32 Mbps na velocidade download, 13 Mbps na velocidade upload e 33 ms na latência) e, ainda mais, caso se observassem somente os testes realizados na App, especificamente na rede móvel 5G (60 Mbps de velocidade download, 16 Mbps de velocidade upload e 32 ms de latência).

Face ao trimestre homólogo, registou-se uma melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais, com aumentos nas velocidades de download (+69%) e de upload (+40%). A exceção foi o valor mediano da latência, que se manteve igual face ao ano anterior. Nos acessos móveis os resultados medianos analisados pioraram em comparação com o ano anterior, com diminuições na velocidade de download (-9%) e de upload (-11%) e com aumentos na latência (+6%).

A evolução poderá refletir, entre outros, no caso dos acessos fixos, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas.

RESULTADOS REGIONAIS

Nos acessos fixos, os testes realizados na região do Alentejo apresentaram os piores valores medianos de download

Nos acessos fixos, os valores mais elevados apurados registaram-se na R. A. Açores, no download mediano (306 Mbps) e no upload mediano (100 Mbps). O valor mais baixo apurado no download mediano (109 Mbps) registou-se na região do Alentejo, e o valor mais baixo apurado no upload mediano (82 Mbps) registou-se na região do Algarve.

A melhor latência mediana (mais reduzida) foi de 9 ms verificada na A.M. Lisboa. Já as piores latências medianas (as mais elevadas) verificaram-se na R.A. Açores e na R.A. Madeira, sendo respetivamente de 28 e de 22 ms, resultado da sua localização geográfica.

Mais de metade dos concelhos com download mediano superior a 100 Mbps e 80% dos concelhos com upload superior a 50 Mbps, nos acessos fixos

Registaram-se 164 concelhos (54%) com um download mediano superior a 100 Mbps em acessos fixos (no início de 2021 eram 17 concelhos). Por outro lado, 44 concelhos (14%) obtiveram 50 Mbps ou menos.

Em termos de upload, 29 concelhos (10%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 25 Mbps e 243 concelhos (80%) um valor mediano superior a 50 Mbps. Na latência, 11 concelhos (4%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 8 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Vila Nova de Gaia com o melhor valor de download mediano (198 Mbps), e Lisboa com o melhor valor de upload mediano (95 Mbps) e latência mediana (8 ms).

Nos acessos móveis, os testes realizados na R.A. Açores registaram os melhores valores medianos no download

Nos acessos móveis, a R.A. Açores apresentou os melhores resultados medianos no download (33 Mbps) e a R.A. Madeira no upload (22 Mbps). O valor mais baixo apurado no download mediano (11 Mbps) registou-se na região do Alentejo e o valor mais baixo no upload mediano (5 Mbps) verificou-se na região do Centro.

A melhor latência verificou-se na A.M. Lisboa (33 ms), enquanto a pior latência mediana registou-se na R.A. Açores (51 ms).

Mais de 100 concelhos com download mediano superior a 20 Mbps, nos acessos móveis

O download mediano foi superior a 20 Mbps em 105 concelhos (37%), enquanto no segundo trimestre de 2022 tinham sido 220 concelhos (71%), e 85 concelhos (30%) registaram um download mediano inferior ou igual a 10 Mbps.

Em termos de upload, 87 concelhos (31%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e, em semelhante quantidade, um valor mediano inferior ou igual a 5 Mbps.

Na latência, 43 concelhos (15%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 30 ms e 88 concelhos (31%) registaram uma latência mediana superior a 40 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Lisboa com o melhor valor mediano no download  (22 Mbps), Amadora com o melhor valor mediano no upload (13 Mbps) e Amadora e Setúbal com os melhores valores medianos na latência (33 ms).

Acessos fixos residenciais e acessos móveis (tabelas 1 a 4) consulte os resultados dos testes efetuados no 2.º trimestre de 2023.

Fonte: ANACOM, com base em dados do NET.mede (testes via browser, através de https://netmede.pthttps://netmede.pt/ e nos quais houve partilha de geolocalização, ou através da App, com indicação do concelho).
* Os resultados das velocidades excluem, no caso dos testes via browser, os testes efetuados através de browsers, sistemas operativos e/ou equipamentos não recomendados.
Nota: Os resultados indicados por região/concelho não devem ser lidos dissociadamente do número de testes efetuados nos mesmos, porque um menor número de testes é mais sensível a resultados dos testes com valores extremos obtidos, sejam valores baixos ou elevados.


Principais resultados no 2.º trimestre de 2023.