NET.mede - 3.º trimestre de 2023



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SUMÁRIO EXECUTIVO

TESTES NO NET.MEDE

151 mil testes à velocidade dos acessos à Internet durante o 3T2023, sobretudo em acessos fixos

No 3T2023, foram realizados no NET.mede cerca de 151 mil testes à velocidade dos acessos à Internet (em média, 1641 testes diários), menos 14% que no trimestre anterior e menos 13% que no trimestre homólogo.

Cerca de 63% dos testes realizados foram através de acessos fixos residenciais e 29% de acessos móveis. A diminuição do número de testes face ao trimestre anterior resultou sobretudo da diminuição do número de testes realizados através de acessos fixos residenciais (-19,4 mil ou -17%) e do número de testes através dos acessos móveis nacionais (-3,6 mil ou -8%).

Os testes em acessos fixos residenciais mantiveram uma maior utilização entre as 16 e as 22 horas. No caso dos acessos móveis, as horas com maior número de testes registaram-se no período da manhã (11-12 horas) e no período da tarde (15-16 horas).

Testes à velocidade realizados em quase todos os concelhos

No 3T2023, apenas cinco concelhos não registaram testes em acessos fixos residenciais e a maioria dos concelhos (297 em 308 concelhos) registaram testes em acessos móveis.

A Área Metropolitana de Lisboa (A.M. Lisboa), em especial o concelho de Lisboa, foi a região onde se verificou um maior número de testes em acessos fixos residenciais e em acessos móveis, seguindo-se a região Norte.

RESULTADOS DOS TESTES EFETUADOS

Valor mediano da velocidade de download atingiu 164 Mbps nos acessos fixos, situando-se nos 112 Mbps na rede móvel 5G

Em metade dos testes à velocidade (mediana) efetuados no NET.mede durante o 3T2023 apurou-se:

Resultados dos testes efetuados no 3.º trimestre de 2023.

Os resultados medianos seriam melhores nos acessos móveis caso se considerassem somente os testes dos acessos com ligação direta à rede móvel realizados na App (39 Mbps na velocidade download, 15 Mbps na velocidade upload e 31 ms na latência) e, ainda mais, caso se observassem somente os testes realizados na App, especificamente na rede móvel 5G (112 Mbps de velocidade download, 27 Mbps de velocidade upload e 26 ms de latência).

Face ao trimestre homólogo, registou-se uma melhoria dos resultados medianos em acessos fixos residenciais, com aumentos nas velocidades de download (+49%) e de upload (+29%). A exceção foi o valor mediano da latência, que se manteve igual face ao ano anterior. Nos acessos móveis os resultados medianos analisados melhoraram em comparação com o ano anterior, com aumentos na velocidade de download (+25%) e de upload (+24%) e com diminuições na latência (-3%).

A evolução poderá refletir, entre outros, no caso dos acessos fixos, a adesão dos utilizadores a ofertas com velocidades mais elevadas.

RESULTADOS REGIONAIS

Nos acessos fixos, os testes realizados na região do Algarve apresentaram os piores valores medianos de download e upload

Nos acessos fixos, os valores mais elevados apurados no download mediano registaram-se na A.M. Lisboa (159 Mbps) e no upload mediano registaram-se na região do Norte (90 Mbps). O valor mais baixo apurado no download e upload mediano registou-se na região do Algarve (92 Mbps e 57 Mbps, respetivamente).

A melhor latência mediana (mais reduzida) foi de 9 ms verificada na A.M. Lisboa. Já as piores latências medianas (as mais elevadas) verificaram-se na R.A. Açores e na R.A. Madeira, sendo respetivamente de 29 e de 23 ms, resultado da sua localização geográfica.

Mais de metade dos concelhos com download mediano superior a 100 Mbps e 79% dos concelhos com upload superior a 50 Mbps, nos acessos fixos

Registaram-se 158 concelhos (52%) com um download mediano superior a 100 Mbps em acessos fixos (no início de 2021 eram 17 concelhos). Por outro lado, 59 concelhos (20%) obtiveram 50 Mbps ou menos.

Em termos de upload, 26 concelhos (9%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 25 Mbps e 238 concelhos (79%) um valor mediano superior a 50 Mbps. Na latência, 11 concelhos (4%) obtiveram um valor mediano inferior ou igual a 8 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Loures com o melhor valor de download mediano (216 Mbps) e de upload mediano (95 Mbps).

Nos acessos móveis, os testes realizados na R.A. Madeira registaram os melhores valores medianos no download

Nos acessos móveis, a R.A. Madeira apresentou os melhores resultados medianos no download (15 Mbps) e a R.A. Açores no upload (11 Mbps). O valor mais baixo apurado no download mediano registou-se na região do Algarve (6 Mbps) e o valor mais baixo no upload mediano verificou-se na região Centro (5 Mbps).

A melhor latência verificou-se na A.M. Lisboa (35 ms), enquanto a pior latência mediana registou-se na R.A. Açores (58 ms).

Mais de 90 concelhos com download mediano superior a 20 Mbps, nos acessos móveis

O download mediano foi superior a 20 Mbps em 91 concelhos (31%), enquanto no terceiro trimestre de 2022 tinham sido 67 concelhos (23%). Por outro lado, 110 concelhos (37%) registaram um download mediano inferior ou igual a 10 Mbps.

Em termos de upload, 94 concelhos (32%) apuraram um valor mediano superior a 10 Mbps e 103 concelhos (35%) um valor mediano inferior ou igual a 5 Mbps.

Na latência, 34 concelhos (12%) apuraram um valor mediano inferior ou igual a 30 ms e 117 concelhos (40%) registaram uma latência mediana superior a 40 ms.

Entre os 5 concelhos com maior número de testes, destaca-se Amadora com o melhor valor mediano no download (23 Mbps), com o melhor valor mediano no upload (15 Mbps) e com o melhor valor mediano na latência (33 ms).

Acessos fixos residenciais e acessos móveis (tabelas 1 a 4) consulte os resultados dos testes efetuados no 3.º trimestre de 2023. 

Fonte: ANACOM, com base em dados do NET.mede (testes via browser, através de https://netmede.pthttps://netmede.pt/ e nos quais houve partilha de geolocalização, ou através da App, com indicação do concelho).
* Os resultados das velocidades excluem, no caso dos testes via browser, os testes efetuados através de browsers, sistemas operativos e/ou equipamentos não recomendados.
Nota: Os resultados indicados por região/concelho não devem ser lidos dissociadamente do número de testes efetuados nos mesmos, porque um menor número de testes é mais sensível a resultados dos testes com valores extremos obtidos, sejam valores baixos ou elevados.

Principais resultados no 3.º trimestre de 2023.