88% das famílias subscrevem serviços fixos de alta velocidade


No final de 2023, o número de clientes residenciais de serviços de alta velocidade em local fixo alcançou os 3,7 milhões, mais 4,2% do que no ano anterior (+6,5% em 2022). A taxa de adesão nas famílias foi de 88,3%. Cerca de nove em cada dez novos clientes residenciais de redes de alta velocidade contrataram um serviço suportado em redes de fibra ótica (FTTH).

As regiões Área Metropolitana de Lisboa (99,9%), Região Autónoma dos Açores (98%), Algarve (95,8%) e Região Autónoma da Madeira (95,7%) apuraram taxas de penetração superiores à média nacional. Destacou-se a região do Algarve com o maior crescimento no número de clientes residenciais RAV (+7,9%).

Por velocidade de acesso, no final de 2023, 89,0% dos acessos de banda larga fixa eram acessos de banda larga ultrarrápida (i.e., velocidade de download superior ou igual a 100 Mbps), mais 2,8 pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior.

Os acessos de banda larga com velocidade de download entre os 100 Mbps e os 400 Mbps representavam 41,0% dos acessos de banda larga ultrarrápida (-7,5 p.p. do que no ano anterior), 38,2% tinham velocidades entre 400 Mbps e 1Gbps (+4,5 p.p.) e os acessos com velocidades iguais ou superiores a 1 Gbps ascenderam a 11,3% (+4,5 p.p.).

Em termos internacionais, em julho de 2022, Portugal era o quarto país da União Europeia (UE27) com a maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps (87,4%), de acordo com a Comissão Europeia.

Quanto à cobertura das redes de alta velocidade, estima-se que, no mínimo, cerca de 6,1 milhões de alojamentos estavam cablados com este tipo de rede, representando 94,4% dos alojamentos e estabelecimentos. Face ao ano anterior verificou-se um aumento de 0,5% dos alojamentos cablados, tendo este crescimento sido inferior ao registado há um ano (+2,1% em 2022).

Por região, a taxa de cobertura na A.M. Lisboa, na R.A. Madeira, e na R.A. Açores encontrava-se acima da média nacional. Por outro lado, realça-se o aumento do número de alojamentos cablados verificado no Centro (+1,0%) e no Alentejo (+0,5%), regiões onde a cobertura de redes de alta velocidade se aproximou da média nacional, reforçando-se assim a coesão territorial.

Estima-se que cerca de 71,1% dos alojamentos e estabelecimentos cablados tenham sido efetivamente utilizados para prestar serviços a clientes residenciais e não residenciais.

Por tecnologia, o número de alojamentos cablados com fibra ótica (FTTH – Fiber to the Home) era cerca de 6 milhões, resultando numa cobertura de 92,8%. Face ao período homologo, o número de acessos aumentou 0,9%, um aumento não tão elevado como no ano anterior (tinha aumentado 2,5% em 2022).

A proporção de alojamentos e estabelecimentos cablados com FTTH efetivamente utilizados era de 51% no final de 2023. A Região Autónoma dos Açores, e as regiões Norte, Alentejo e A.M. Lisboa apresentavam taxas de adoção de FTTH superiores à média nacional. Apenas na R.A. Madeira esta taxa foi inferior a 42%. As assimetrias inter-regionais têm vindo a esbater-se.

O número de alojamentos cablados com acessos de alta velocidade suportados em redes de TV por cabo (HFC - Hybrid Fiber Coaxial) permaneceu idêntico ao verificado em 2022, totalizando 3,7 milhões. A cobertura deste tipo de redes era de 57,8% no final de 2023.

Resumo gráfico: redes e serviços de alta velocidade em 2023.


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