Tráfego na rede fixa continua em queda no primeiro trimestre


/ Atualizado em 01.06.2007

O tráfego total originado na rede fixa durante os primeiros três meses deste ano atingiu 2.652 milhões de minutos - em queda de 4,9% no trimestre - resultantes de 809 milhões de chamadas. No tráfego de voz, que representa 78,3% do total e ascende a 2.077 milhões de minutos, a quebra foi menor, de 3,9%, e pode ser explicada por efeitos de ordem estrutural mas também por algum efeito sazonal. Já no tráfego de Internet, que somou 575 milhões de minutos, a quebra foi superior, de 8,1%, o que se explica com a redução acentuada do tráfego de Internet dial-up motivada pela forte expansão do ADSL.

O parque de acessos telefónicos principais instalados a pedido de clientes atingiu o valor de 4,124 milhões, correspondendo a uma taxa de penetração de 40 acessos por 100 habitantes. O número de acessos registou uma variação negativa de 0,5% face ao trimestre anterior, uma tendência de quebra que se regista deste 2001.

Em termos de quotas de acesso, as empresas do grupo PT tinham em Março 92,9% dos acessos totais, menos 0,3 pontos percentuais do que os registados no trimestre anterior; e 93,6% dos acessos instalados a pedido de clientes, também, aqui menos 0,3 pontos do que no trimestre anterior. A quebra de quota da PT relaciona-se com a diminuição da utilização do serviço fixo de telefone e com o crescimento das ofertas dos restantes prestadores de pacotes de bundling com outros serviços, designadamente de televisão por cabo e Internet através de modem por cabo e de ADSL, por desagregação do lacete local.

No mesmo período, o número de clientes do serviço fixo telefónico em acesso directo ascendia a 3,14 milhões no final de Março, mais 0,3% que o valor registado no final de 2004. Os responsáveis pelo aumento do número de clientes directos são os novos prestadores, designadamente os que oferecem o serviço através de redes de distribuição por cabo e os que oferecem pacotes de serviços utilizando lacetes locais desagregados.

No que respeita ao acesso indirecto através de pré-selecção, registou-se uma subida de 7,2% no número de clientes para 423 mil. Esta é uma tendência que se regista desde o final de 2003, coincidindo com a entrada dos novos operadores neste mercado. A selecção chamada-a-chamada também continua a subir e no final de Março registavam-se 105 mil clientes activos nesta modalidade de acesso, o que representa um crescimento trimestral de 3,2%.

As quotas de clientes do grupo PT não sofreram alterações significativas no último trimestre, verificando-se uma redução de apenas 0,3 pontos percentuais na quota de clientes de acesso directo para 93,5%. Em termos homólogos a quota caiu um ponto percentual.

O acesso indirecto, em que os novos operadores têm uma quota de mercado acima dos 99%, foi responsável por 19,9% dos minutos de voz gerados na rede fixa nos primeiros três meses do ano, mais 0,9 pontos percentuais que no trimestre anterior. Já as empresas do grupo PT tinham no tráfego de voz uma quota de 76,5%, em queda de meio ponto percentual, valor que sobe para 81,1% se considerarmos o tráfego total, voz mais internet.

A duração média das chamadas na rede fixa atingiu 3,28 minutos no primeiro trimestre, valor inferior ao registado no trimestre anterior e que se explica pela redução do tráfego de acesso à Internet. As chamadas de acesso à net representavam em Março 21,7% do total de minutos e 3,3% do total de chamadas. A duração média de uma chamada de acesso à net foi de 21,23 minutos, para 2,66 minutos observados numa chamada de voz. De salientar que a duração média das chamadas de voz se manteve inalterada.

Comparando as durações médias das chamadas por tipo de acesso verificou-se, pela primeira vez no trimestre em análise, que a duração média das chamadas de voz no acesso indirecto é superior às do acesso directo, 2,65 minutos e 2,57 minutos, respectivamente.


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