Tráfego na rede fixa cai no terceiro trimestre


/ Atualizado em 01.06.2007

O tráfego total originado na rede fixa durante o terceiro trimestre de 2006 atingiu 2.140 milhões de minutos, registando-se uma quebra de 5,5% em relação ao trimestre anterior. Face ao mesmo período do ano anterior, verifica-se uma quebra significativa, tendo sido originados na rede fixa menos 12,5% de minutos. A descida do tráfego prende-se, sobretudo, com a queda acentuada do tráfego de acesso à Internet através deste tipo de acesso (dial-up), motivada pela forte expansão do acesso à Internet através de banda larga.

No tocante ao tráfego de voz, foram originados na rede fixa cerca de 1.920 milhões de minutos, correspondendo a uma quebra de 3,7% em relação ao trimestre anterior. Em termos homólogos, a redução é de 5,1%. Todas as categorias de tráfego registaram descidas, destacando-se a descida do tráfego nacional para números móveis (menos 7,5% dos minutos em comparação com o trimestre homólogo), e do tráfego internacional (menos 13,5% face ao trimestre homólogo).

Entre Julho e Setembro, 20,3% do total de minutos de voz foram originados através de acesso indirecto, valor inferior em 0,6 pontos percentuais ao observado no trimestre anterior.

No trimestre em análise, o Grupo PT viu a sua quota de tráfego de voz cair 0,6 pontos, para 70,4%. Em termos homólogos, os novos prestadores aumentaram as suas quotas em cerca de 3,2 pontos percentuais.

O parque de acessos telefónicos principais instalados a pedido de clientes no final do terceiro trimestre de 2006 era de cerca de 4,2 milhões, correspondendo a uma penetração de cerca de 40 acessos por 100 habitantes. Em relação ao trimestre anterior, verificou-se um ligeiro crescimento do número de acessos (0,6%); já em termos homólogos assiste-se a uma redução de 0,2%.

No mesmo período, o número de postos públicos instalados rondava 44 mil, verificando-se um decréscimo de cerca de 0,9%; em termos homólogos a redução é de 4,5%.

Em termos de quotas de acessos, as empresas do Grupo PT continuam a deter a maioria dos acessos instalados. No final de Setembro, o grupo tinha 83,4% do total de acessos instalados a pedido de clientes, menos 2,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 7,2 pontos percentuais que no final do período homólogo (90,6%).

O número de clientes de serviço telefónico fixo na modalidade de acesso directo era de aproximadamente 3,176 milhões, mais 2,6% que no final do trimestre anterior e uma quebra de 0,3% em relação ao trimestre homólogo. De referir que os novos prestadores registaram um aumento significativo do número de clientes de acesso directo face ao trimestre anterior (14,9%). Para tal contribuíram significativamente as novas ofertas suportadas em tecnologia GSM e as ofertas em pacote de telefonia fixa e de televisão por cabo e/ou Internet.

A quota de clientes de acesso directo do Grupo PT registou uma quebra de 1,8 pontos percentuais, em relação ao trimestre anterior, e de 7,8 pontos percentuais face ao trimestre homólogo, situando-se nos 83,1% no final do trimestre.

Relativamente ao acesso indirecto através de pré-selecção, registou-se uma descida de 8,1% do número de clientes, para 444 mil. Este resultado confirma a inversão da tendência de crescimento deste tipo de acessos. Em termos homólogos, o número de clientes de pré-selecção diminuiu 4,5%.

No 3º trimestre existiam cerca de 84 mil clientes activos de acesso através de selecção chamada-a-chamada, valor superior em 9,2% ao observado no trimestre anterior e inferior em 14,5% ao verificado no trimestre homólogo.

Nas modalidades de acesso indirecto, os restantes prestadores continuam a dispor de uma quota de mercado próxima dos 99%, valor que se mantém desde a liberalização do Serviço Telefónico Fixo.


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