Europa divulga abordagem à Internet do futuro


A evolução e crescente divulgação da Internet fazem com que, actualmente, existam cerca de 1500 milhões de utilizadores a nível mundial, os quais se ligam à rede de diversos modos, do computador ao telemóvel. Mas, considera a Comissão Europeia (CE), ''o número de dispositivos conectados praticamente invisíveis, mais complexos e mais móveis multiplicar-se-á cem ou mesmo mil vezes nos próximos 5 a 15 anos''. Por isso, a CE apresentou recentemente, através de Comunicação, um plano de acção para esta nova rede de objectos interligados, a chamada ''Internet das Coisas''. Além deste plano, a Comissão emitiu uma Comunicação sobre a governação da Internet, na qual defende um modelo aberto, independente e assente na responsabilização.

Intitulada ''Internet das Coisas – um plano de acção para a Europa'', a Comunicação da CE apresenta 14 linhas de acção através das quais pretende promover o desenvolvimento desta nova rede de coisas, que tanto podem ser boiões de iogurte que registam a temperatura ao longo da cadeia de abastecimento, como podem ser sistemas mais complexos, da monitorização do estado de saúde das pessoas a sistemas de reciclagem. Os 14 pontos anunciados incluem a governação da Internet das Coisas, a garantia da privacidade dos utilizadores e da protecção de dados, o direito ao ''silêncio das etiquetas'' (consubstanciado na possibilidade de o utilizador desligar as etiquetas RFID), a normalização da tecnologia utilizada, o financiamento de investigação nesta área, questões ambientais, etc.

Relativamente à governação da Internet, a Comissão Europeia publicou uma Comunicação (''Governação da Internet - as próximas etapas'') na qual defende que o actual modelo, da responsabilidade da ICANN - Internet Corporation for Assigned Names and Numbers em parceria com o Governo dos Estados Unidos (Ministério do Comércio), que expira a 30 de Setembro de 2009, deve passar a reflectir a dimensão mundial da Internet e a sua importância em todos os países. Isto é, a CE defende que a ICANN se torne universalmente responsável, não só perante um governo mas também perante a comunidade mundial da Internet. Por outro lado, a Comissão considera que quem for afectado pelas decisões dos órgãos de governação deve poder recorrer para um tribunal independente. Outros aspectos a ter em conta serão o respeito dos direitos humanos e a liberdade de expressão, bem como a necessidade de preservar a estabilidade e a segurança da Internet.


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