Fibra e tecnologias alternativas impulsionam TV por subscrição


O número total de assinantes do serviço de televisão por subscrição (STVS) atingiu 2,77 milhões em Dezembro de 2010, mais 58 mil que no trimestre anterior e mais 246 mil do que no trimestre homólogo. Os principais motores do crescimento do serviço foram, em primeiro lugar, o FTTH/FTTB e, em segundo, as 'outras tecnologias' de acesso (rede telefónica pública (xDSL/IP) e FWA), que representam, em conjunto, cerca de 97% dos novos clientes (em termos líquidos).

Em termos tecnológicos, no final do 4º trimestre, o serviço de distribuição de TV por cabo (SDC) representava 51,8% do total de assinantes de TV por subscrição - menos 1,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior. O peso das “outras tecnologias” e do FTTH/B aumentou em conjunto cerca de 1,6 pontos percentuais, representando agora 18,8% e 5,2% do total, respectivamente. O peso do serviço de televisão por satélite (DTH) caiu para 24,2% dos assinantes.

Analisando o serviço por regiões, o cabo, mesmo com a diminuição do seu peso relativo, continua a ser claramente dominante ou maioritário em Lisboa, na Madeira, no Norte e no Algarve. Nos Açores, a proporção de DTH e de TV por cabo é muito semelhante. Na região Centro e no Alentejo predomina o DTH, sendo que nesta última região as "outras tecnologias" já são utilizadas por mais de um terço dos assinantes. Lisboa, Norte e Centro continuam a ser as regiões onde se concentram mais de 80% dos clientes do serviço de televisão por subscrição.

A taxa de penetração dos assinantes de TV por subscrição relativamente aos alojamentos ascendia a 48,5 por cada 100 alojamentos, no final do período em análise.

O Grupo ZON/TV Cabo continua a deter a quota de assinantes de TV por subscrição mais elevada (57,9%). A PTC mantém-se como o segundo maior operador, com uma quota de 29,9% dos assinantes, mais 1,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior. O terceiro maior operador continua a ser a Cabovisão, com 9,4% dos assinantes.

No final do 4º trimestre, a soma dos alojamentos cablados por todos os operadores era de 4,06 milhões, mais 0,5% do que no trimestre anterior e mais 1,7% do que período homólogo. Lisboa mantém-se como a região onde se concentra a maior parte dos alojamentos cablados (45%).

No mesmo período, o número total de assinantes do serviço de distribuição por cabo aumentou 0,1% em relação ao trimestre anterior, fixando-se nos 1,438 milhões, sendo a primeira vez, desde o início de 2010, que aumentou. Em termos homólogos assiste-se a uma redução de 0,9%, essencialmente na região de Lisboa e nas regiões autónomas. Os assinantes digitais do serviço de distribuição por cabo continuam a aumentar e já ultrapassaram o milhão, correspondendo a cerca de 75% do total de assinantes.

O número de assinantes do serviço de televisão através da tecnologia Direct To Home (DTH) manteve-se nos 670 mil no trimestre, muito embora apresente um aumento homólogo de 4% - mais 25 mil clientes.

Analisando o serviço baseado em fibra óptica (FTTH/B), verificou-se a existência de 1,47 milhões de casas cabladas no final de Dezembro, com o número de assinantes de TV por subscrição nesta modalidade a atingir os 143 mil, um aumento de 26,6% face ao trimestre anterior. Geograficamente, Lisboa e Norte concentram cerca de 87% dos assinantes. Actualmente, existem 3 ofertas de TV por subscrição FTTH/B: Vodafone, Optimus e PTC, as quais não estão necessariamente presentes em todas as regiões do país.

Quanto às restantes ofertas de TV por subscrição, nomeadamente sobre a rede telefónica pública (xDSL/IP) e sobre acesso fixo via rádio (FWA), existiam 4 operadores que disponibilizam este tipo de ofertas: AR Telecom (FWA), Optimus, PTC e Vodafone, estas últimas recorrendo a xDSL/IP. Estes serviços representavam 523 mil assinantes no final do trimestre, mais 26 mil (5,3%) do que no trimestre anterior e mais 122 mil (30,4%) do que no trimestre homólogo. A PTC foi a principal responsável por esta evolução, em particular nas regiões Norte e Centro.

As receitas individualizáveis do STVS totalizaram cerca de 670 milhões de euros, mais 2,7% que no ano anterior. Do total, cerca de 62,3% correspondiam a receitas de TV por cabo, 27,4% a DTH e os restantes 10,3% a outras tecnologias. Estas receitas são provenientes de ofertas stand-alone ou de pacotes multiple play cuja componente de televisão é individualizável.

Quanto às receitas não individualizáveis de pacotes de serviços que integram o STVS, estas atingiram 210 milhões de euros, mais cerca de 66% face ao ano anterior, e provêm essencialmente de pacotes triple play associados a tecnologias sobre a rede telefónica pública (xDSL/IP), que são também os que têm crescido mais em termos de número de assinantes, relativamente ao ano 2009.


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