4. Prioridades de atuação para 2017-2019


Em termos esquemáticos, a forma como se organizam e relacionam entre si as prioridades estratégicas que enquadrarão a atividade da ANACOM no triénio 2017-2019 consta da Figura 2.

Figura 2 - Prioridades estratégicas da ANACOM para 2017-2019

 A figura 2 apresenta em termos esquemáticos, a forma como se organizam e relacionam entre si as prioridades estratégicas que enquadrarão a atividade da ANACOM no triénio 2017-2019.

Cada uma destas prioridades estratégicas consubstancia-se num conjunto de eixos de atuação, que depois serão materializados por via de ações concretas - admite-se que o final do triénio de referência possa já ser influenciado pela revisão do quadro comunitário, cuja extensão é neste momento imprevisível, pelo menos em termos da concretização do contributo da ANACOM para a sua transposição para o direito nacional.

De seguida elencam-se os eixos considerados, relativamente aos quais todos os interessados poderão pronunciar-se:

Garantir e proteger os direitos dos utilizadores e dos cidadãos

a) Supervisionar e considerar a revisão da aplicação das condições de prestação do serviço universal (comunicações eletrónicas e serviços postais);

b) Avaliar a adequação dos níveis de qualidade dos serviços prestados;

c) Monitorizar e divulgar a evolução dos preços retalhistas praticados;

d) Definir e concretizar ações no domínio da segurança e da integridade das redes e serviços de comunicações;

e) Contribuir para a definição e atualização das políticas de emergência no sector das comunicações;

f) Consolidar mecanismos eficazes de gestão de reclamações;

g) Promover a resolução extrajudicial de conflitos em cooperação com as entidades relevantes;

h) Melhorar a informação prestada aos utilizadores;

i) Acompanhar e assegurar o cumprimento das obrigações do operador da plataforma de televisão digital terrestre (TDT);

j) Supervisionar e garantir o cumprimento das obrigações de cobertura de freguesias rurais potencialmente sem acesso a banda larga móvel;

k) Assegurar a correta implementação do Regulamento TSM nas suas duas vertentes - roaming e neutralidade da rede - à luz das linhas de orientação do BEREC.

Promover mercados abertos e concorrenciais

a) Supervisionar e analisar/rever os mercados relevantes de comunicações eletrónicas;

b) Rever, à luz das necessidades, as ofertas grossistas que decorrem de obrigações impostas a empresas com poder de mercado significativo nos diversos mercados relevantes;

c) Desenvolver/aperfeiçoar sistemas de custeio regulatório e auditar resultados, quando relevante;

d) Desenvolver novas obrigações regulatórias (associadas, por exemplo, à Equivalence of Inputs - EoI);

e) Concretizar ações associadas à prestação do serviço universal com impacto no mercado;

f) Monitorizar e supervisionar o desenvolvimento das redes de acesso de próxima geração (RNG);

g) Elaborar e apresentar ao Governo o(s) anteprojeto(s) legislativos(s) de transposição do quadro regulamentar aplicável às comunicações eletrónicas;

h) Desenvolver/densificar a aplicação das regras de acesso a infraestruturas no âmbito do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de maio;

i) Rever e consolidar os procedimentos de gestão dos registos de empresas;

j) Monitorizar e supervisionar a atividade desenvolvida pelos diversos agentes e o cumprimento das regras em vigor.

Garantir a eficiente gestão dos recursos escassos

a) Analisar as tendências de utilização do 2.º dividendo digital antecipando cenários evolutivos;

b) Avaliar de forma prospetiva o desenvolvimento dos diversos serviços e aplicações de radiocomunicações e as necessidades de espectro associadas à prestação de novos serviços de banda larga móvel;

c) Gerir o plano nacional de numeração (PNN), estabelecendo condições adequadas no âmbito da atribuição e utilização de recursos de numeração.

Promover a cooperação institucional e técnica

a) Assegurar representação ativa nas instâncias internacionais sectorialmente relevantes (comunicações eletrónicas e serviços postais);

b) Manter participação ativa nos grupos de reguladores europeus de comunicações eletrónicas e postais;

c) Promover o sector a nível nacional e internacional e a cooperação com outras entidades reguladoras ou grupos de reguladores dos quais a ANACOM é membro;

d) Participar ativamente nas plataformas de colaboração entre os países de língua oficial portuguesa;

e) Promover a cooperação com entidades nacionais e internacionais e garantir coordenação de atuação em áreas relevantes;

f) Promover a coordenação das entidades envolvidas no planeamento, construção e manutenção de infraestruturas, incluindo a gestão do sistema de informação centralizado (SIC);

g) Promover a divulgação dos regimes legais e regulamentares aplicáveis sectorialmente;

h) Incrementar a comunicação com a sociedade/stakeholders (seminários, workshops e audições).

Promover a eficiência e a eficácia internas

a) Implementar medidas de racionalização de gastos com garantia da eficiência;

b) Melhorar/desmaterializar/simplificar processos internos;

c) Alargar a prestação de serviços online;

d) Garantir a permanente atualização/otimização do modelo de formação definido, dirigido à excelência dos recursos humanos;

e) Consolidar a cultura organizacional mais aberta à mudança;

f) Promover, na medida do permitido tendo em conta os constrangimentos legais, uma política de incentivos e de desenvolvimento de carreiras profissionais, na base do reconhecimento do mérito do desempenho dos colaboradores.