Balanço da 1.ª fase de desligamento do sinal analógico de televisão


Com o desligamento do emissor de S. Macário e dos retransmissores por ele servidos, no passado dia 23, terminou o desligamento do sinal analógico de televisão na faixa litoral de Portugal Continental e ficou concluída a primeira fase do plano de switch-off.

Até ontem, o número de chamadas para o call center da TDT por parte de pessoas que ficaram sem televisão naquele dia por não se terem preparado ascendeu a 171. No total, no desligamento do sinal analógico na faixa litoral,  registaram-se cerca de 1650 telefonemas para a linha da apoio da TDT por parte de pessoas que não se prepararam para a televisão digital, menos de 1 por cento do universo que tinha que fazer a migração.

O universo abrangido pelo desligamento do sinal analógico na faixa litoral aproxima-se dos 8 milhões de pessoas - sendo que cerca de 2,3 milhões teriam que fazer a migração - distribuídas por 188 concelhos. Destes, alguns foram desligados parcialmente, pois apesar de se situarem em áreas que deveriam ser desligadas nesta fase, recebem o sinal de emissores que tiveram que ficar ligados, porque alimentam retransmissores que só serão desligados a 26 de abril.

O processo de transição para a TDT terá uma nova etapa no dia 22 de março, com o desligamento do sinal analógico nos Açores e na Madeira. A população abrangida ronda o meio milhão de pessoas, mas o número de pessoas que terão que migrar será razoavelmente diminuto uma vez que a taxa de penetração do serviço de televisão paga, conjugado com os detentores do chamado pacote zero, ultrapassa os 90 por cento.

Com a passagem para a televisão digital terrestre, as famílias dos Açores e Madeira que recebem o sinal de televisão através da tradicional antena do telhado, e que apenas visualizam dois canais: a RTP1 e a RTP Madeira ou RTP Açores, consoante os casos, passarão a ter acesso a cinco canais, já que passam a ver também a SIC, TVI e RTP2.

Este será um forte incentivo à mudança, que deverá ser feita atempadamente para garantir que ninguém ficará privado de ver televisão.

Mais uma vez lembramos a importância de todos se envolverem neste processo: as autarquias, as juntas de freguesia, as instituições particulares de solidariedade social, o Episcopado, as televisões, a Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social, o Instituto da Segurança Social e a Direcção Geral do Consumidor, bem como as associações de consumidores. Trata-se de entidades que, pelas suas características e, algumas, pela proximidade e confiança que suscitam junto das populações, podem ter um papel relevantíssimo neste processo, apoiando os cidadãos na transição.


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